Eleições 2020

Prefeituras importantes têm candidatas progressistas bem colocadas nas pesquisas

Há quem lidera a disputa às prefeituras, como Manuela, Margarida Salomão e Marília Campos. Outras têm chances ou brigam pelo segundo turno

Reprodução
Reprodução
As petistas Margarida Salomão, à esquerda, e Marília Campos estão em vantagem como Manuela (PCdoB)

São Paulo – A disputa pelas prefeituras tem candidatas com larga vantagem e outras lutando por uma vaga no segundo turno. Candidata a prefeita de Porto Alegre Manuela D’Ávila (PCdoB), que tem como vice o ex-ministro Miguel Rossetto (PT), lidera a disputa com 27% das intenções de voto (Ibope de 31/10), quase o dobro do segundo colocado, Nelson Marchezan Júnior (PSDB).

Segue também na dianteira Margarida Salomão (PT), em Juiz de Fora – local do episódio polêmico da facada no presidente Jair Bolsonaro. A candidata subiu de 25% da preferência em outubro para 32% em pesquisa realizada a menos de uma semana da eleição. Margarida venceria também em um segundo turno, conforme levantamento divulgado pela TV Integração. O segundo colocado é Wilson Rezato (PSB), que caiu 8 pontos, chegando a 21%. Juiz de Fora é o quarto maior colégio eleitoral de Minas Gerais.

Em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, Marília Campos disparou na liderança, com mais de 66% dos votos válidos – a soma de todos os adversários. Ex-prefeita e atualmente deputada estadual, a petista tem como desafio o enfrentamento à crise social agravada pela pandemia da covid-19.

Outra que lidera a disputa, com 44% das intenções de voto é Moema Gramacho (PT), atual prefeita Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador. O município tem mais de 170 mil habitantes. Segundo pesquisa divulgada no último dia 11, ela será reconduzida ao cargo.

Segundo turno

A candidata à Prefeitura de Recife, Marília Arraes (PT), tem 22% das intenções e ocupa a segunda colocação, atrás de seu primo João Campos (PSB), com 29%, segundo números do Datafolha de dois dias atrás. Embora ele lidere, é visto como “inexperiente” e tem a segunda maior rejeição entre todos os candidatos. Marília, no entanto, é mais bem avaliada tem registrado crescimento consistente. A petista Marília Arraes vem subindo a cada levandamento, sua taxa de rejeição é uma das menores e João Campos (PSB) segue estático na liderança, oscilando para baixo dentro da margem de erro.

Fé no segundo turno

No Rio de Janeiro, a deputada estadual Martha Rocha (PDT) tem entre 11% e 14%, conforme o medidor, e ultrapassou numericamente o segundo colocado Marcello Crivella (Republicanos), que tem também rejeição acima de 60%. Benedita da Silva (PT), que varia entre 8% e 11%, tem situação de empate técnico com Martha e aposta na militância para subir nas próximas horas.

Luizianne Lins (PT) está em terceiro lugar nas pesquisas, com 18%, atrás de Sarto (PDT), com 26% e de Capitão Wagner (Pros), com 29%. Em carta de apoio à sua candidatura, assinada por intelectuais, professores e estudantes, a candidata é descrita como “uma possibilidade de ruptura com essa trajetória de descaso com a periferia, retomando projetos que beneficiam a população mais vulnerável através da distribuição de renda”.

Em Montes Claros, no norte mineiro, a candidata Leninha (PT) cresceu e tem chances de ir para o segundo turno. Ela conclamou as forças populares a virar o voto neste domingo. De acordo com a imprensa local, Leninha tem se destacado como deputada estadual.

A candidata à Prefeitura de Salvador, Major Denice (PT), ainda acredita em conseguir levar a eleição para o segundo turno. Ocupando o segundo lugar, com 14% das intenções de voto – o primeiro colocado, Bruno Reis (DEM), tem 57%. Nesta semana, ela participou de carreata com a presença do governador da Bahia, Rui Costa (PT), e a candidata a vice, Fabíola Mansur (PSB).

Em Goiânia, a Delegada Adriana Accorsi (PT), em terceiro lugar, com 14%, disputa o segundo lugar o senador bolsonarista Vanderlan Cardoso (DEM).

Na capital mineira, depois de uma votação surpreendente em 2018, a deputada Aurea Carolina (Psol) não conseguiu deslanchar na disputa para a prefeitura. Está em terceiro lugar, com 5% dos votos. A candidata está atrás de João Victor Xavier (Cidadania). A situação é bem difícil, já que o primeiro colocado, o atual prefeito de Belo Horizonte Kalil (PSD), tem 62%. Aurea ingressou na vida política em 2016, sendo a vereadora mais votada da capital. Ela deixou a Câmara Municipal e, com votação expressiva – foi a mais votada no estado –, ocupou uma vaga na Câmara Federal.