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Ação do STF contra rede de fake news faz busca e apreensão no DF e em cinco estados

Empresário Luciano Hang, Roberto Jefferson, deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), blogueiros Allan dos Santos e Sara Winter estão entre os alvos

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Disparo em massa de fake news que agiu nas eleições de 2018 estaria estaria operando para para causar ataques ao STF

São Paulo – Agentes da Polícia Federal (PF) que atuam apuração no inquérito que investiga a disseminação de fake news por redes bolsonaristas cumpre nesta quarta-feira mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina. Entre os alvos da operação, está o empresário Luciano Hang, dono da Havan e apontado como um dos financiadores dos disparos em massa de fake news desde antes das eleições de 2018.

O ex-deputado Roberto Jefferson, condenado por corrupção, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) e os blogueiros Allan dos Santos e Sara Winter também estão entre os investigados. Sara Winter é uma das lideranças do acampamento golpista “300 do Brasil” instalado na Esplanada dos Ministérios.

O inquérito foi aberto em março do ano passado, por determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. E apura a relação das fake news com as ameaças contra ministros da corte. O relator do caso no STF é o ministro Alexandre de Moraes.

Moraes já havia proferido decisão para que os delegados que estão nas investigações não fossem removidos do seus postos pela Polícia Federal (PF). A decisão ocorreu dois depois da reunião ministerial de 22 de abril, na qual o presidente Jair Bolsonaro expôs sua disposição de interferir na PF.

O processo foi baseado em denúncias de que a rede de disseminação de notícias falsas a favor de Bolsonaro, com uso de robôs e disparos em massa, permanece ativa. O esquema estaria funcionando desde 2018, depois de ter atuado no período eleitoral. O processo corre em segredo de Justiça.

Críticas

A ação tem recebido questionamentos. Toffoli não a determinou por intermédio do Ministério Público, mas por ato de ofício. E Alexandre de Moraes foi designado relator por indicação do presidente da Corte, não por sorteio. O procurador-geral da República, Augusto Aras, e a Advocacia-Geral da União apoiam o processo, desde que seus desdobramentos seja encaminhados pelo MPF.