Posição

Em vídeo, Rodrigo Maia apoia Glenn Greenwald e a liberdade de imprensa: “Sigilo da fonte é um direito democrático”

Presidente da Câmara dos Deputados ressalta diferença entre publicar informações vazadas e a obtenção criminosa de dados por meio de invasões

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, expressou apoio à liberdade de imprensa, agora ameaçada por Moro e Bolsonaro, mas foi vaiado por seu papel no atual cenário político do país

São Paulo – Na noite desta terça-feira (30), um vídeo de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, em apoio ao jornalista Glenn Greenwald, foi divulgado em ato de solidariedade ao site The Intercept Brasil, no Rio de Janeiro. Sem citar nomes, o parlamentar também criticou o “agente público” que permite a divulgação de informações sigilosas, o comparando a ações ilegais de hackers.

O presidente da Câmara saiu em defesa do trabalho dos jornalistas. “Tem uma questão que é primordial, que é base desse debate, que é o sigilo da fonte. No Brasil, o sigilo da fonte é um direito constitucional”, afirma o parlamentar. “O sigilo da fonte é um direito democrático. Não é a favor do Glenn, mas é a favor da nossa liberdade de expressão”, afirmou.

“Um agente público que vaza informações sigilosas que estão sob seu comando também comete um crime. Todos os dois [hacker e agente público] que passam informações para a sociedade, para que nós tenhamos mais transparência, como muitos defenderam nos últimos cinco anos, estão cometendo atos ilícitos”, afirmou Maia.

Mesmo colocando-se em favor da liberdade de imprensa, Maia foi vaiado pelo público e chamado de “golpista”, após a exibição do vídeo no ato convocado pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

Confira o depoimento do presidente da Câmara

Com reportagem do Brasil de Fato

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