São Paulo – O Wikileaks divulgou na madrugada de hoje (02) que o ex-funcionário da CIA, Edward Snowden, enviou pedidos formais de asilo político a 21 países, entre eles o Brasil. As cartas direcionadas aos chefes de estados de várias nações do mundo foram entregues por Sarah Harrison, advogada do Wikileaks e, agora, de Snowden. Harrison se encontrou com um oficial de Moscou no consulado russo no último domingo (30/6) no aeroporto Sheremetyevo.

Um porta-voz de Moscou afirmou que o governo só vai considerar o pedido se o ex-funcionário da CIA, acusado de revelar documentos secretos de Washington, prometer que não vai mais delatar informações de qualquer nação do mundo.

“Os pedidos foram feitos a vários países, incluindo a República da Áustria, o Estado Plurinacional da Bolívia, a República Federativa do Brasil, a República Popular da China, a República de Cuba, a República da Finlândia, a República Francesa, a República Federativa da Alemanha, a República da Índia, a República Italiana, a República da Irlanda, o Reino da Holanda, a República da Nicarágua, a República da Noruega, a República da Polônia, a Federação Russa, o Reino da Espanha, a Confederação Suíça e a República Bolivariana da Venezuela”, afirma o Wikileaks em comunicado oficial

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, também confirmou e disse que seu departamento estuda “a viabilidade jurídica” da solicitação. A solicitação, explicou, foi enviada aos departamentos jurídicos e às autoridades competentes para que a analisem e estudem sua viabilidade.

Outros países já divulgaram na manhã de hoje que não vão poder atender o pedido por questões técnicas – o solicitante não estar no país em que pede asilo.

O Brasil, por exemplo, por meio de um porta-voz do Itamaraty divulgou que não vai conceder asilo a Snowden.

Segundo informações da Agência Efe, na Índia, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores postou no Twitter uma mensagem que dizia: “Após um cuidadoso exame, concluímos que não vemos razões para atender ao pedido de Edward Snowden”.

A Holanda, por sua vez, a solicitação de asilo não foi confirmada pelas autoridades. Especializada em asilo político e refugiados, a porta-voz da ONG holandesa Vluchtelingenwerk Nederland, Annemiek Bots, explicou à Agência Efe que “Snowden teria que estar na Holanda para que sua solicitação fosse considerada”.