Prevenção e combate

Brasil ratifica adesão à Academia Internacional contra a Corrupção

Órgão era vinculado ao Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) e ao Organismo Europeu de Luta contra Fraude (Olaf) e é formado por 63 países e três organizações internacionais

©Dragan Tatic/Efe

Os ministros Antonio Patriota (esq) e o austríaco Michael Spindelegger em encontro sobre energia nuclear, em Viena

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ratificou hoje (1º) a adesão do Brasil à Academia Internacional contra a Corrupção (cuja sigla em inglês é Iaca). O documento com a formalização do ato foi entregue à entidade, em Viena, na Áustria. O chanceler ressaltou ainda que o Brasil se candidata para ser a sede regional da academia para incentivar a participação dos demais países latino-americanos.

No texto, o governo do Brasil destaca que a “prevenção e o combate à corrupção são prioridades” na agenda pública brasileira. “Queremos reiterar o interesse e a disposição do governo do Brasil para sediar a academia regional”, diz o documento.

O texto diz ainda que o Brasil tem se empenhado no combate e prevenção à corrupção ao desenvolver mecanismos, como a promoção da ética, integridade e transparência, fortalecendo a relação entre o governo e o setor privado, além do incentivo à pesquisa, ao planejamento e à consolidação e métodos e instrumentos de combate à prática.

A Iaca é financiada por meio de contribuições voluntárias. Em 2010, o Brasil indicou a intenção de aderir à agência. A academia é a única instituição mundial dedicada exclusivamente a estudar métodos de combate à corrupção, fornecendo treinamentos e orientações aos países interessados.

Antes de se tornar independente, a academia era vinculada ao Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) e ao Organismo Europeu de Luta contra Fraude (Olaf). Atualmente o órgão é formado por 63 países e três organizações internacionais.

Na Áustria

O Ministro das Relações Exteriores visita Viena hoje para participar da Conferência Ministerial da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) para Segurança Física Nuclear e se reunirá com os Ministros dos Negócios Estrangeiros da Áustria, Michael Spindelegger, e da Dinamarca, Villy Søvndal.

Segundo o Itamaraty, o chanceler brasileiro reforçará a importância de foros multilaterais para conciliar as preocupações da comunidade internacional acerca da proliferação nuclear com direito de todos os Estados de desenvolver a tecnologia nuclear para fins pacíficos.

Patriota também reiterará que os esforços na promoção da segurança física nuclear não substituem a necessidade de avanço efetivo no desarmamento nuclear.