Apuração

Urnas fechadas no Equador: país aguarda pelo resultado da eleição presidencial antecipada

Disputa esquerda x direita reúne Luisa González e Daniel Noboa. Pesquisas apontavam ligeira vantagem para o empresário

Reprodução/X
Reprodução/X
Luisa González com apoiadores neste segundo turno: candidata fala em reconstrução

São Paulo – Sob clima tenso, mas sem incidentes, os eleitores do Equador voltaram às urnas neste domingo (15) para escolher o próximo presidente. O segundo turno reuniu candidatos de esquerda e direita: a advogada Luisa González, 45 anos, e o empresário e ex-deputado Daniel Noboa Azin, 35. A campanha foi marcada pelo assassinato, em julho, do jornalista e candidato Fernando Villavicencio. O caso segue sob investigação.

As urnas foram fechadas às 17h locais (19h de Brasília). Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a participação superou os 82%, percentual que se mantém nos níveis históricos das eleições equatorianas. Sondagens indicavam vantagem ligeira de Noboa, uma surpresa no atual processo eleitoral.

No primeiro turno, em agosto, entre oito candidatos, Luísa González (Movimiento Político Revolución Ciudadana) ficou em primeiro, com 33,61% dos votos válidos. Já Daniel Noboa (Acción Democrática Nacional) teve 23,47%. O Equador tem pouco mais de 13 milhões de eleitores.

Daniel: filho de bilionário e ex-candidato foi surpresa do processo eleitoral equatoriano (Foto: Reprodução X)

Durante a campanha, Luísa falou em reestruturar programas sociais implementados no governo Rafael Correa. Afirmou que pretende “recuperar a pátria” e defendeu o uso de parte das reservas internacionais para apoiar a economia. Filho de bilionário (Álvaro Noboa, ex-candidato à presidência), falou em criação de empregos e incentivos fiscais.

As eleições foram antecipadas depois que o atual presidente, Guillermo Lasso, passou a enfrentar um processo de impeachment. Assim, em maio, ele dissolveu o Congresso equatoriano e convocou nova eleição.