Repercussão

Itamaraty, EUA e Rafael Correa lamentam assassinato de Villavicencio no Equador

“Os que pretendem semear ainda mais ódio com esta nova tragédia, espero que entendam que ela só continua nos destruindo”, diz Rafael Correa, adversário do político assassinado

Reprodução/Youtube/TVT
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“A imprensa corrupta dá asco, fazendo politicagem mesmo com uma tragédia”, afirmou Rafael Correa

São Paulo – O Ministério das Relações Exteriores lamentou nesta quinta-feira (10) o assassinato do candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, ontem (9). “O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação, do assassinato, na tarde de hoje, 9 de agosto, em Quito, de Fernando Villavicencio, candidato às eleições presidenciais no Equador”, diz a nota oficial divulgada hoje (leia a íntegra abaixo). O político foi morto com três tiros supostamente por uma facção criminosa ligada ao narcotráfico – chamada Los Lobos – que assumiu o atentado.

Por meio de seu embaixador no Equador, os Estados Unidos também se manifestou no Twitter, com mensagem condenando o assassinato. “Estou profundamente chocado ao saber do assassinato de Fernando Villavicencio, candidato presidencial e lutador contra os corruptos e narcocriminosos que tanto dano causaram ao Equador”, postou o embaixador Michael J. Fitzpatrick.

“Em nome do povo e do Governo dos Estados Unidos da América, expresso minhas mais profundas condolências à sua família e ao povo do Equador. O governo dos EUA condena veementemente este ataque e oferece assistência investigativa urgente”, diz ainda o diplomata.

Rafael Correa: Equador é um Estado falido

O ex-presidente equatoriano Rafael Correa, considerado o principal adversário de Villavicencio, afirmou que o “Equador se tornou um Estado falido”. “Assassinaram Fernando Villavicencio. A pátria está ferida. Minha solidariedade à sua família e a todas as famílias das vítimas da violência. Aqueles que pretendem semear ainda mais ódio com esta nova tragédia, espero que entendam que ela só continua nos destruindo”, escreveu Correa.

Em sua atuação como jornalista, Villavicencio acusou Correa de crimes contra a humanidade e, por isso, em 2014, foi condenado a 18 meses de prisão por injúrias contra o então mandatário.

Correa repudiou insinuações da mídia de direita equatoriana sobre suposto interesse seu em se vingar do candidato. “A imprensa corrupta continua sendo a imprensa corrupta. Só podem dar asco, fazendo politicagem mesmo com uma tragédia”, postou.

Leia a íntegra da nota do Itamaraty:

“O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação, do assassinato, na tarde de hoje, 9 de agosto, em Quito, de Fernando Villavicencio, candidato às eleições presidenciais no Equador. Ao manifestar a confiança de que os responsáveis por esse deplorável ato serão identificados e levados à justiça, o governo brasileiro transmite suas sentidas condolências à família do candidato presidencial e ao governo e povo equatorianos”

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