Turistas deixam a Terra do Fogo em comboios organizados pela Cruz Vermelha

Brasília – Organizados em comboios, turistas de várias nacionalidades que estavam sitiados na Terra do Fogo passam com tranquilidade pelas barreiras formadas por manifestantes que protestam pelo aumento do preço […]

Brasília – Organizados em comboios, turistas de várias nacionalidades que estavam sitiados na Terra do Fogo passam com tranquilidade pelas barreiras formadas por manifestantes que protestam pelo aumento do preço do gás. A retirada é organizada pela Cruz Vermelha Internacional, com a ajuda de militares chilenos.


Desde a noite de sábado (15), ônibus, vans e aviões com destino aos aeroportos de Punta Arenas, capital da Terra do Fogo, e El Calafate, na Argentina, transportam os turistas.

 

“Os veículos foram parados nas barreiras e permaneceram por cerca de dois minutos, que pareciam uma eternidade, e em seguida eram liberados. Ficou claro que nossa saída foi facilitada. Passamos pelas barreiras sem necessidade de força militar”, afirmou Guilherme Miqueluteti, um dos turistas brasileiros que estavam no local do conflito.


O comboio seguiu por um caminho alternativo e cruzou a fronteira com a Argentina por uma estrada de chão. Agora, os turistas que chegaram a El Calafate tentam remarcar os bilhetes de passagem para retornar a seus países.


Segundo Micheluteti, dois aviões militares chilenos também transportaram turistas de Puerto Natales para o aeroporto de Punta Arenas. Ele estima que, no momento em que saiu da Terra do Fogo, pelo menos metade dos cerca de 1,2 mil turistas ainda permaneciam no local e relata que, entre eles, há brasileiros. De acordo com Miqueluteti, os turistas foram alojados em escolas e deixaram seus seus nomes em listas para que pudesem ser retirados.


A onda de protestos e paralisações na Terra do Fogo começou quarta-feira (12), devido ao anúncio do aumento do preço do gás. Desde então, o comércio foi fechado e as estradas que dão acesso ao local foram bloqueadas. Autoridades chilenas alertam, que, se o bloqueio persistir, pode haver desabastecimento na região.

 

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