Cooperação

Primeiro-ministro da Alemanha vem ao Brasil para encontro com Lula no dia 30

Scholz virá acompanhado de uma delegação de grandes empresários. Meio ambiente e defesa da democracia devem pautar o encontro com presidente brasileiro

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
Lula se encontro com Scholz em novembro de 2021, durante giro pelo Europa

São Paulo – O primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, visitará o Brasil para encontro o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no próximo dia 30. O embaixador alemão no Brasil, Heiko Thoms, confirmou a agenda nesta sexta-feira (20). Scholz viajará acompanhado por ministros e por um grupo de executivos, representantes de grandes empresas alemãs.

Para o embaixador, o encontro entre Lula e Scholz é sinal de “fortalecimento da cooperação” entre os dois países. Importante parceiro comercial brasileiro, a Alemanha vem manifestando interesse em uma reaproximação política com o Brasil, com a possibilidade inclusive de destinar mais recursos financeiros para custear projetos e ações de preservação ambiental desenvolvidos no país, principalmente na Amazônia.

Quando o presidente, Frank-Walter Steinmeier, veio ao Brasil para prestigiar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Alemanha anunciou o desbloqueio de 35 milhões de euros destinados ao Fundo Amazônia, a título de compensação pela redução do desmatamento no bioma amazônico durante o ano de 2017. Alemanha e Noruega – principais doadoras do fundo – suspenderam os repasses, durante o governo Bolsonaro.

Democracia

Além das pautas diplomáticas, econômicas e ambientais, a defesa da democracia também deve ser tema relevante no encontro entre os líderes. Em entrevista à Globonews na quarta-feira (18), Lula afirmou que pretende conversar com líderes políticos internacionais em prol do que chamou de “unidade progressista e democrática”.  Desse modo, ele sugeriu esforço internacional para “não permitir o ressurgimento do nazismo ou do fascismo”.

Nesse sentido, Scholz utilizou as redes sociais para condenar os atos terroristas de 8 de Janeiro, em Brasília. “Os ataques violentos contra as instituições democráticas são um atentado à democracia que não pode ser tolerado. Estamos profundamente solidários com o presidente Lula e com o povo brasileiro”, tuitou, no dia seguinte, o primeiro-ministro alemão. Dias antes, ainda em dezembro, as autoridades alemães debelaram uma tentativa de golpe organizada pela extrema-direita.

Com informações da Agência Brasil