Contratempos atrasaram brasileiros, e saída de Gaza para o Egito nesta sexta é incerta
Em dia de grande movimento de ambulâncias devido ao aumento de ataques israelenses, os brasileiros não tiveram tempo para a travessia
Publicado 10/11/2023 - 15h31
São Paulo – A saída dos 34 brasileiros de Gaza nesta sexta-feira (10), que havia sido confirmada pelo governo, ficou incerta após a fronteira com o Egito voltar a ser fechada. Uma nova tentativa será feita neste sábado, segundo o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeias.
Os brasileiros foram prejudicados por dificuldades no trânsito devido a prioridade para ambulâncias. O exército de Israel aumentou o ataque, inclusive ao redor de hospitais, o que demandou mais atendimento aos feridos. Segundo o Crescente Vermelho (como é chamada a Cruz Vermelha em países de maioria islâmica), uma ação militar de Israel no hospital Al-Quds, no norte de Gaza, deixou um morto e 19 feridos.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, confirmou que a passagem foi fechada. “Apesar de terem sido levados até o posto de controle, eles não puderam passar. A passagem é complexa, porque o posto de controle de Rafah fica aberto durante apenas algumas horas por dia, e existe um entendimento de que ambulâncias passam primeiro. Foi o que aconteceu hoje”, declarou Vieira.
Fronteira aberta poucas horas por questão de segurança
Essa limitação de horário é exigência de Israel e do Egito, para aumentar o controle e evitar que integrantes do Hamas possam cruzar a fronteira. A expectativa é que o grupo de brasileiros consiga deixar o território palestino até amanhã (11).
O grupo integra a sétima lista de estrangeiros que haviam sido autorizados a deixar o território nesta sexta. Desde cedo, eles estavam em frente ao posto de controle da cidade fronteiriça de Rafah, que atualmente é a única via de saída da Faixa de Gaza, aguardando para poder sair.
O chanceler também afirmou que a lista com o nome dos 34 que integram o grupo, aprovada ontem (10) por autoridades que controlam a passagem, já estava em mãos dos governos do Egito e de Israel “havia vários dias”.
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Redação: Cida de Oliveira, com portal g1