Sucessão real

Charles assume oficialmente o trono do Reino Unido após a morte de Elizabeth II

“O reinado de minha mãe foi inigualável em sua duração, sua dedicação e sua devoção”, afirmou o monarca em discurso no Palácio de St. James

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Monarca assume o trono quase ao mesmo tempo em que a nova primeira-ministra, Liz Truss, começa o o novo governo britânico

São Paulo – Embora tenha se tornado rei imediatamente após a morte da rainha Elizabeth II, seu filho Charles foi proclamado como o monarca sucessor, oficialmente, na manhã deste sábado (10), no Palácio de St. James, durante a cerimônia oficial do chamado Conselho de Adesão. A partir de agora, ele será Charles III.  “O reinado de minha mãe foi inigualável em sua duração, sua dedicação e sua devoção. Mesmo quando sofremos, agradecemos por esta vida mais fiel”, disse o rei em discurso.

Segundo a lei Rex nunquam moritur (“O rei nunca morre”), o trono não fica desocupado jamais, e é assumido pela primeira pessoa da linha sucessória no momento em que o monarca morre. O agora soberano falou sobre as “pesadas responsabilidades” que terá a partir de agora.

Com a ascensão de Charles, a Grã Bretanha completa as mudanças iniciadas com a queda do ex-primeiro-ministro Boris Johnson. Ele foi substituído pela nova premiê, a conservadora Liz Truss, que é a chefe de governo, enquanto Charles III é agora chefe de Estado.

“Ao assumir essas responsabilidades, me esforçarei para seguir o exemplo inspirador que me foi dado ao defender o governo constitucional e buscar a paz, a harmonia e a prosperidade dos povos dessas Ilhas e dos Reinos e Territórios da Commonwealth em todo o mundo”, afirmou o herdeiro.

Crise energética

Ambos, Truss e Charles, assumem seus postos em momento em que o Reino Unido, assim como a Europa de modo geral, vive expectativa do agravamento de uma crise energética que já se iniciou, como consequência da guerra entre Rússia e Ucrânia. O aumento do preço da energia já é uma realidade e o inverno se aproxima no Velho Mundo.

À BBC, o especialista em consumo Martin Lewis afirmou no final de agosto que a situação das contas de energia já “é uma crise nacional da magnitude da pandemia de covid”. Segundo a rede de notícias, uma pesquisa do site Uswitch mostrou que cerca de 25% dos domicílios já estão com pagamentos das contas atrasados, o que deve aumentar no inverno.

“Metade das famílias britânicas enfrentará pobreza energética neste inverno se o governo não tomar medidas para aliviar o aumento do preço das contas”, previu o o diretor-gerente da EDF Energy no Reino Unido, Philippe Commaret, também à rede BBC.