Guerra na Europa

Começa segunda rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia na Bielorrússia

Moscou afirma que os dois lados discutirão um cessar-fogo. Ucranianos dizem que o “mínimo” que seu país quer é garantir corredores humanitários

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Ucranianos, à esquerda, e russos dão início à segunda rodada de negociações nesta quinta-feira

São Paulo – Está em andamento, em Belovezhskaya Pushcha, na Bielorrússia, a segunda rodada de negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Representantes dos dois países se encontraram no início desta semana, mas não houve avanços na direção de um cessar-fogo. A delegação da Rússia esperava os representantes ucranianos desde ontem. O início da conversa foi transmitido pela agência de notícias belarussa Belta, segundo o site RT, ligado ao Kremlin.

O líder dos negociadores de Moscou, Vladimir Medinsky, afirmou ontem (2) que os dois lados discutirão um cessar-fogo durante suas conversas. Os ucranianos dizem que o “mínimo” que seu país quer com as negociações é a garantia de corredores humanitários. Outras questões, segundo eles, “dependem das circunstâncias”.

Mais cedo, o presidente, Vladimir Putin, conversou com o chefe do governo francês, Emmanuel Macron. Segundo Moscou, o líder russo detalhou as reivindicações da Rússia em relação à Ucrânia. Entre elas está a desmilitarização da Ucrânia e, futuramente, seu status neutro. Ainda segundo informações da Rússia, Putin declarou que seus objetivos serão alcançados, independentemente das circunstâncias.

Mais ameaça nuclear

Na quarta, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, voltou a fazer declarações ameaçadoras. Segundo ele, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem consciência de que a única alternativa às sanções econômicas impostas contra seu país é uma Terceira Guerra Mundial. Seria “uma guerra nuclear devastadora”, disse, em entrevista à rede de televisão Al Jazeera.

Lavrov afirmou ainda que Biden “tem experiência e sabe que não há alternativa às sanções, a não ser a guerra mundial”. Acrescentou que a Rússia estava “pronta” para enfrentar as sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia pela invasão da Ucrânia. No entanto, disse que não esperava que atingissem atletas, intelectuais, artistas e jornalistas.

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