São Paulo – O preço da cesta básica manteve a tendência de queda em agosto e caiu em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioecônomicos (Dieese). A exceção foi Porto Alegre, com alta de 1,36%. A capital gaúcha também registrou o maior valor da cesta básica no mês passado: R$ 240,91, superando São Paulo (R$ 235,65) e Manaus (R$ 226,26). Com base no valor de Porto Alegre, o Dieese estimou em R$ 2.023,89 o salário mínimo necessário para custear as necessidades básicas de uma família. O valor corresponde a 3,97 vezes o salário mínimo oficial (R$ 510,00), ante 3,94 em julho e 4,31 em agosto do ano passado.

As maiores quedas em agosto foram registradas em Natal (-6,39%), Recife (-6,28%) e Salvador (-4,99%). Com os resultados, as cestas mais baratas são as de Aracaju (R$ 174,96) e Fortaleza (R$ 179,50).

No acumulado do ano, o preço aumentou em 13 das 17 capitais, com destaque para as altas em Goiânia (12,08%), Recife (9,87%) e João Pessoa (7,43%). O preço caiu em Brasília (-3,71%), Rio de Janeiro (-0,69%), Vitória (-0,52%) e Belo Horizonte (-0,07%). Em São Paulo, a cesta acumula aumento de 3,27%.

De acordo com o Dieese, em agosto, para adquirir uma cesta básica, o trabalhador que recebe salário mínimo precisou cumprir uma jornada de 89 horas e 38 minutos, ante 91 horas e 50 minutos em julho e 96 horas e 37 minutos em agosto de 2009.