IPCA mantém estabilidade e sobe 0,04% em agosto

Índice, que foi próximo ao de julho, está acumulado em 4,49% em 12 meses; INPC registrou deflação de 0,07%

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, continuou mostrando estabilidade em agosto, ao fechar com taxa de 0,04%, próxima à do mês anterior (0,01%) e abaixo de agosto de 2009 (0,15%). Com isso, o índice acumulado neste ano chegou a 3,14%, ante 2,97% em igual período do ano passado. Em 12 meses, o IPCA chega a 4,49%, abaixo do acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores (4,60%). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE.

Segundo o instituto, os alimentos continuaram em queda (-0,24%), mas em ritmo menos intenso do que em julho (-0,76%).”Enquanto o mês de julho os alimentos tiveram queda em todas as regiões pesquisadas, em agosto três delas mostraram movimento de alta: Goiânia (0,29%), Rio de Janeiro (0,17%) e São Paulo (0,14%). Ainda assim, vários produtos ficaram mais baratos em agosto, por exemplo a batata-inglesa (-22,40%) e o feijão carioca (-11,23%), entre outros”, diz o IBGE. Alguns alimentos “mostraram sinais de alta”, casos de carnes, com variação de 2,11% em agosto, além de óleo de soja (2,67%), pão francês (1,08%), frango (0,82%) e refeição fora do domicílio (0,55%). Já os produtos não-alimentícios passaram de 0,24%, em julho, para 0,12%.

Nos demais grupos, Educação passou de -0,03% para 0,44%, a maior alta, que segundo o IBGE “refletiu a realidade do segundo semestre do ano letivo”. Houve alta de 0,33% no ensino formal, enquanto o item cursos diversos (como informática e idioma) subiram 0,97%.

“As despesas com habitação diminuíram o ritmo de alta, passando de 0,54% para 0,23%, em razão basicamente da energia elétrica, que, após ter subido 1,17% em julho, refletindo o resultado de 14,07% registrado na região metropolitana de Curitiba, apresentou variação de 0,11% em agosto”, informa o instituto.

Em transporte, a variação fo ide inflação de 0,08% para deflação de -0,09%. “Nesse grupo foram as passagens aéreas que exerceram influência para baixo, com variação de -10,32%, ao passo que em julho haviam subido 9,15%”, afirma o IBGE. “Em contraposição, subiram os preços dos combustíveis (de -0,02% em julho para 0,97% em agosto). O litro do etanol passou a custar 4,12% a mais, quando já havia subido 1,52% em julho. Quanto à gasolina, ficou 0,75% mais cara após a queda de 0,13% de julho. Os ônibus urbanos, por sua vez, ficaram com -0,38% em agosto.”

Ainda em transportes, as tarifas dos ônibus interestaduais passaram de alta de 1,27% em julho para queda de -2,04% em agosto. “Além disso, continuaram em queda os preços dos automóveis novos (de -0,71% em julho para -0,60% em agosto), com certa estabilidade nos usados (de -0,99% para -0,03%).”

O maior índice foi registrado na região metropolitana de Curitiba (0,64%), com destaque para altas de 4,04% na gasolina e de 11,72% no etanol. O menor índice foi o de Recife (-0,54%), com queda de 2,32% nos alimentos.

Em São Paulo, o IPCA não variou, enquanto no Rio de Janeiro ficou praticamente estável (0,01%). O IBGE registrou alta de 0,24% em Porto Alegre e de 0,04% em Belo Horizonte, além de queda de 0,16% em Brasília.

INPC

Também foi divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que costuma ser usado nas negociações salariais. O índice ficou em -0,07%, mesmo resultado de julho. O INPC está acumulado em 3,24% no ano (ante 3,07% em igual período de 2009) e 4,29% em 12 meses (ante 4,44% nos 12 meses imediatamente anteriores).