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Liga propõe protocolo sanitário para realizar desfile das escolas de samba no carnaval em São Paulo

Dentre as regras, uso obrigatório de máscara, apresentação do passaporte da vacina contra covid-19 e redução do número de integrantes em todas as agremiações

Foto: José Cordeiro/SPTuris
Foto: José Cordeiro/SPTuris
Caso protocolos sejam aceitos pelas autoridades sanitárias, desfile das escolas de samba de São Paulo ocorrerão de 25 a 28 de fevereiro

São Paulo – Com o carnaval de rua cancelado na cidade de São Paulo, a Liga das Escolas de Samba (Liga-SP) apresentou hoje (17) uma proposta de protocolo sanitário para os desfiles de carnaval no Sambódromo do Anhembi. Assim, dentre as regras, estão o uso obrigatório de máscara, apresentação do passaporte da vacina contra covid-19 e redução do número de integrantes em todas as agremiações. A reunião na tarde dessa segunda-feira contou com a participação de integrantes da Secretaria Municipal de Saúde, da Secretaria de Cultura e da Vigilância Sanitária.

Segundo a proposta da Liga-SP, o número de integrantes por escolas cairia de 2 mil para 1.500. O público no Sambódromo seria reduzido para até 70% da capacidade total. Essa limitação segue as atuais diretrizes para eventos públicos, culturais e esportivos do governo do estado de São Paulo.

‘Todos precisam da terceira dose para se proteger da variante ômicron. E desfiles de carnaval têm de ser cancelados’

Agora, a resposta final será anunciada na quinta-feira (20) , segundo a secretária municipal de Cultura, Aline Torres. Ela disse ao g1 que os protocolos sugeridos pelas escolas de samba foram muito bem aceitos pelas autoridades municipais. E na quarta-feira (19) deve ocorrer ainda uma nova reunião do grupo.

Dessa forma, se as autoridades sanitárias confirmarem a aceitação dos protocolos propostos pela Liga-SP, os desfiles das escolas de samba de São Paulo ocorrerão no Anhembi nos dias 25, 26, 27 e 28 de fevereiro.

Na rua, não

Segundo a reportagem, os desfiles da União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP), do grupo de acesso, devem ocorrer ou no sambódromo do Anhembi ou em Interlagos. O carnaval de rua foi cancelado pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), em 6 de janeiro. O mesmo aconteceu no Rio de Janeiro, onde a prefeitura manteve os desfiles das escolas na Marquês de Sapucaí, mas cancelou os blocos de rua.

No último dia 5, três entidades que representam cerca de 250 blocos de rua publicaram manifesto cancelando a participação no carnaval de São Paulo. Elas informam não aceitar participar de eventos fechados no Autódromo de Interlagos, na zona sul, como estudado pela prefeitura. O Fórum de Blocos de Carnaval de Rua de São Paulo, a União dos Blocos de Carnaval de Rua do Estado e a Comissão Feminina de Carnaval de SP, responsáveis pelo manifesto, representam blocos tradicionais da cidade. Dentre eles, Acadêmicos da Cerca Frango, Jegue Elétrico, Bloco do Abrava, Me Lembra Que Eu Vou, Sanatório Geral, Bloco Gambiarra.