Protestos no RJ

Tarde tem samba e teatro no Rio; grupos se dirigem à sede do governo

Ativistas promoveram uma roda de samba em homenagem ao Grito dos Excluídos, reunindo sindicatos, partidos e movimentos sociais

Grupo encena violência policial durante protesto no centro  <span>(Arthur William)</span>Jovem exibe bandeira diante de tanques no centro <span>(Arthur William/RBA)</span>Bandeiras de movimentos sociais deram tom aos atos <span>(Arthur William/RBA)</span>Roda de samba homenageou Grito dos Excluídos <span>(Arthur William/RBA)</span>

Rio de Janeiro – Após o Grito dos Excluídos, os cariocas realizaram outros protestos na tarde do dia 7 de setembro. Manifestantes se concentraram nas escadarias da Câmara dos Vereadores, local que há várias semanas é ocupado por um grupo de críticos à CPI dos Ônibus. A comissão responsável por investigar os problemas do transporte público do município tem como presidente e relator dois vereadores do mesmo partido do prefeito Eduardo Paes.

Durante toda a tarde, houve apresentações de teatro e musicais contra a violência policial, além de cantos contra o governador Sérgio Cabral. Também na Cinelândia, militantes políticos promoveram uma roda de samba em homenagem ao Grito dos Excluídos, reunindo sindicatos, partidos e movimentos sociais.

No final da tarde, o grupo Black Blocs caminhou até o Largo do Machado, ponto de encontro para a passeata que seguirá em direção ao Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado.

Jornalista detido foi liberado

O repórter do jornal A Nova Democracia, Patrick Granja, foi liberado pelo delegado da 19a DP. Pela manhã, um policial o prendeu sob acusação de agressão.  De acordo com o jornalista, o policial disse que foi agredido com o monopé da câmera. O delegado encerrou o caso por falta de provas. O Sindicato dos Jornalistas e advogados do IDDH (Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos) acompanharam a situação.

Mais cedo, socorristas voluntários recuperaram suas máscaras médicas. Policiais militarem haviam apreendido o material de proteção por conta da proibição do uso de máscaras em protestos que vigora no Rio. A equipe que socorre feridos das manifestações só conseguiu prosseguir seu trabalho após a intervenção de advogados da OAB-RJ. Para este 7 de setembro, o grupo contou com o trabalho voluntário de 22 profissionais da saúde.