STF retoma julgamento sobre criminalização da homofobia no dia 5. Favoráveis são maioria
Integrante da Comissão de Diversidade Sexual da OAB, Marina Ganzarolli explica as mudanças previstas com a criminalização da LGBTfobia
Publicado 28/05/2019 - 10h00
São Paulo – O julgamento do Supremo Tribunal Federal quanto à criminalização da homofobia, que já conta com uma maioria (6 dos 11 votos possíveis), está previsto para ser retomado no dia 5 de junho. Na prática, a criminalização da LGBTfobia significa que em todos os crimes considerados comuns, como lesão corporal leve e grave, homicídio, ou crimes contra a honra, calúnia e difamação, quando cometidos baseados na orientação sexual e na identidade de gênero da vítima, será aplicada uma legislação que trata especificamente de condutas discriminatórias, como explica a integrante da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Marina Ganzarolli.
De acordo com a advogada, em entrevista à repórter Martha Raquel, do Seu Jornal, da TVT, a criminalização da homofobia será feita em analogia ao Estatuto da Igualdade Racial, até que o Congresso legisle sobre o assunto. Na quarta-feira (22), foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado um projeto de lei nesse sentido. Marina acrescenta ainda que, embora atualmente não exista uma legislação específica para majorar esse tipo de pena, a população LGBT não está desprotegida. “Se você sofrer agressão, você deve sim buscar uma delegacia para registrar essa ocorrência”, afirma.