A Argentina enfrenta seu primeiro teste de maior dificuldade contra a Suíça às 13h desta terça-feira (1º de julho), na Arena Corinthians, em São Paulo. O time vem de uma classificação sem sustos num grupo que se mostrou fácil. O senão é que a equipe é excessivamente dependente de sua estrela maior, Lionel Messi.

Os hermanos tiveram um caminho relativamente mole na fase classificatória, enfrentando o fraco Irã, a decepcionante Bósnia e a Nigéria, o mais forte dos rivais. Mesmo assim, o time de Alejandro Sabella encontrou dificuldades para furar as retrancas dos dois primeiros rivais e só conseguiu as vitórias com gols salvadores de Messi. Contra a Nigéria, o craque fez dois, na partida que terminou em 3 a 2. Até aqui, Messi fez quatro dos seis gols argentinos.

Se a defesa frágil era uma preocupação desde antes da Copa, o chamado quarteto mágico do ataque, que além de Messi contava com Di Maria, Sérgio Aguero e Higuain, não funcionou muito bem até aqui. Os quatro apresentaram-se desentrosados e fizeram jogos ruins, com muitos erros técnicos.

Agora, o quarteto se desfez, com a contusão de Aguero, que dificilmente jogará o restante do mundial. O mais provável substituto é o também atacante Lavezzi, que pode ser uma saída para Sabella consolidar o 4-2-3-1, sistema que melhor tem funcionado com a albiceleste, pois tem um estilo mais talhado para atuar na ala direita. Outras opções para a vaga são o também atacante Rodrigo Palacio e o meia Ricardo Alvarez.

Pelo lado suíço, o destaque é o atacante Xherdan Shaqiri, de 22 anos, que fez os três na vitória sobre Honduras. O jogo foi a única partida convincente do time da terra do chocolate, que chegou com expetativa de ser uma das sensações da Copa, com uma geração jovem e que acrescenta talento com a bola ao tradicional ferrolho. Além dos 3 a 0 sobre a fraca equipe centro-americana, os suíços ganharam por 2 a 1 do Equador num jogo apertado e tomaram uma ensacada de 5 a 2 da França. Uma retranca que toma cinco numa partida…

Contra a Argentina, o estilo suíço de atrair os adversários e buscar o contra-ataque pode funcionar, especialmente se os problemas ofensivos do time de Messi continuarem. Para isso, conta, além de Shaqiri, com o atacante Drmic, que fez bela partida contra Honduras.

A única baixa entre os suíços é no banco de reservas, com o atacante Mario Gavranovic, que sofreu uma ruptura dos ligamentos cruzados do joelho direito. De resto, força total para tentar reforçar a participação europeia nas quartas.