Grupo F

Nigéria leva vaga mesmo com derrota; Bósnia e Irã cumprem escrita da Fonte Nova

Argentina confirma favoritismo no grupo com a terceira vitória. Irã perde para Bósnia e volta para casa com apenas um gol marcado

© Jorge Zapata/EFE

Messi, sozinho, resolveu quase tudo para a Argentina. De novo.

Argentina e Nigéria são as primeiras equipes classificadas para as oitavas-de-final desta quarta. O time de Messi venceu a Nigéria por 3 a 2 em jogo animadíssimo. Messi fez dois e alcançou Neymar na artilharia da Copa, com 4 gols. A Nigéria também passou, mesmo com a derrota. Isso porque o Irã não segurou a Bósnia e perdeu as remotas chances de classificação que tinha antes da rodada.

Com isso, Argentina pega o segundo colocado do grupo E, muito provavelmente Suíça ou Equador. A partida acontece em São Paulo, no dia 1º de julho, às 13h.

Já a Nigéria, até agora a única seleção africana classificada para a segunda fase, deve enfrentar uma das sensações da Copa, a França, que só perde a liderança de seu grupo em caso de uma derrota acachapante hoje contra o Equador, a partir das 17h. O jogo será no dia 30, às 13, em Brasília.

A mística da Fonte Nova

O Irã entrou na rodada sem marcar um golzinho na Copa. A Bósnia tinha feito um só (e mais um anulado, mas não dá pra contar esse). Aí foram para a Fonte Nova. E o jogo terminou com quatro gols marcados. Já basta para fazer campanha por uma Copa do Mundo só em Salvador?

Nigéria 2 x 3 Argentina

O jogo começou quente. Aos 5 minutos, o placar já mostrava 1 a 1. A Argentina saiu na frente com Messi, que aproveitou rebote do goleiro, aos 2 minutos. Não deu tempo de comemorar. Aos 3, Musa recebe de Babatunde pela esquerda e bate cruzado, sem chance para o goleiro Romero.

A Argentina dominava as ações, mas a defesa deixava espaço para a Nigéria atacar, especialmente nas costas do lateral-direito Zabaleta. Se o placar continuou igual até o último minuto do primeiro tempo, não foi por falta de tentativa de ambas as equipes.

Antes do apito final da primeira etapa, Messi apareceu novamente. Em excelente cobrança de falta, o atacante marcou o segundo e deu a liderança para os hermanos.

O segundo tempo mal havia começado e a Nigéria conseguiu o empate, mais uma vez com Musa. Emenike fez o pivô para o artilheiro, que saiu cara a cara com Romero e tocou no cantinho. A reação não levou mais que dois minutos. Aos 4 minutos, Rojo marcou de joelho, depois da cobrança de escanteio de Messi.

Mesmo com os dois times praticamente assegurados na segunda fase – a essa altura a Bósnia já tiravas as chances do Irã passar a Nigéria – as equipes seguiram atacando. Messi saiu aos 18, diminuindo um pouco a qualidade argentina. Já Musa continuou buscando o gol até o fim. Não conseguiu e o placar não mudou mais. Mesmo assim, ótimo jogo no Beira-Rio, que aproximou-se da Fonte Nova em média de gols. São 4,75 por jogo, contra cinco da arena baiana.

Bósnia Herzegovina 3 x 1 Irã

Desde o sorteio dos grupos da Copa a expectativa geral era a de que Bósnia e Irã protagonizassem a pior partida da Copa. Por um tempo inteiro, a sensação era de que, se não era o pior, o jogo figuraria entre as 10 mais fracos. Mas o segundo tempo veio animado e quase trouxe uma goleada bósnia, para felicidade dos presentes.

O primeiro tempo foi tão decepcionante que teve apenas dois lances de nota. O primeiro foi o gol da Bósnia, marcado pelo atacante Dzeko, aos 22 minutos. O bósnio recebeu na direita, carregou para o meio e bateu da entrada da área para as redes de Haghighi.

O Irã reagiu imediatamente. Shojaei mandou um chute no travessão, tão perto que mereceu o tira teima da Fifa. A bola não entrou e, no rebote, Ghooch apareceu para chutar, mas em impedimento. O Irã buscou pressionar para conseguir a virada que precisava para a classificação, abusando de cruzamentos longos, sem sucesso.

O segundo tempo trouxe um tratamento melhor à bola. Aos 13, Pjanic marcou o segundo gol da Bósnia, depois de falha na saída de bola iraniana. Após o gol, a Bósnia manteve a pressão, dificultando a vida da defesa persa.

Em mais um cruzamento, o Irã achou seu gol de honra na competição. Nekounam cruzou para a área e achou Ghoochannejhad sozinho. O atacante mandou para o gol. A Bósnia respondeu imediatamente. Aos 37, Vrsajevic puxou um contra-ataque certeiro e, sem marcação, marcou o terceiro da Bósnia.

Ambos desclassificados, mas com discursos diferentes. O técnico bósnio, Safet Susic, afirmou que poderia estar classificado se não fossem os erros de arbitragem. Já o português Carlos Queiroz ressaltou a importância da experiência de estar em uma Copa.