História

Sindicato dos Bancários de São Paulo recebe homenagem na Assembleia Legislativa pelos 100 anos

Dirigentes destacam defesa permanente da democracia e mobilização por igualdade de direitos

Sind. Bancários SP
Sind. Bancários SP

São Paulo – O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região foi homenageado nesta segunda-feira (24) na Assembleia Legislativa paulista por seu centenário, completado no último dia 16. A iniciativa foi do deputado Luiz Cláudio Marcolino (PT), ex-presidente da entidade, que amanhã inicia eleição para renovação da diretoria. A celebração dos 100 anos do Sindicato dos Bancários terá ainda homenagem na Câmara dos Deputados, por iniciativa da deputada Juliana Cardoso PT-SP), e festa na Quadra da entidade, no centro de São Paulo, no próximo dia 28.

“Para nós é muito importante realizar essa sessão solene porque nós sempre defendemos – além do sindicato coorporativo, que é o sindicato que defende o emprego, os salários, as condições de trabalho – que um sindicato tenha de ser um sindicato cidadão, que possa ocupar todos os espaços do Legislativo, do Judiciário, do Executivo, a partir dos nossos trabalhadores”, afirmou o parlamentar.

bancários 100 anos
Ontem e hoje: Marcolino, Ivone, Juvandia e Gilmar Carneiro, na homenagem pelos 100 anos do sindicato (Bancários SP)

Igualdade de direitos

“São 100 anos em que nós lutamos pela democracia do país. Todos os momentos em que a democracia esteve ameaçada, nós estávamos lá defendendo a democracia”, afirmou a atual presidenta, Ivone Silva. (…) A sociedade tem gênero, tem raça. A classe trabalhadora não é uma coisa só. Ela tem diferenças dentro dela. A luta é para igualar todos em questões de direitos, de respeito da sociedade. Nossa luta vai muito além da categoria bancária por isso”, acrescentou.

O também ex-presidente do sindicato (e ex-secretário-geral da CUT) Gilmar Carneiro lembrou da “retomada” da entidade, na eleição de 1979. “Tínhamos os nossos maluquinhos. Eu, maluquinho. A Tita Dias, uma incendiária. Tinha a turma boa de briga. Era enfrentando porrada e prisão. E, já nessas greves de 79, as mulheres eram maioria nos piquetes.” Ele também homenageou os ex-presidentes Luiz Gushiken, que morreu em 2013, e Augusto Campos (morto em 2017). “O processo de construção do PT, da CUT, foi tudo na briga, na pressão.”

Atual presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira também destacou a defesa da democracia como “marca” da categoria. “Nós que construímos a maior negociação coletiva nacional que temos no Brasil, a dos bancários, uma referência para o futuro. (…) E a luta pela democracia sempre esteve presente”, afirmou.