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Funcionários da Ceagesp entram em greve por condições de trabalho

A greve é só um entre os vários problemas que a Ceagesp enfrenta neste ano; em março, ocorreram manifestações na companhia, que acabaram em tiroteio e depredação

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A Ceagesp é a maior central de abastecimento de frutas, verduras, legumes, flores e peixes da América Latina

São Paulo – Funcionários da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) entraram em greve à meia-noite de hoje (12) por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A paralisação afeta áreas como fiscalização, segurança, manutenção, operação, administração, controle de qualidade e armazenagem.

A Ceagesp é a maior central de abastecimento de frutas, verduras, legumes, flores e peixes da América Latina. O entreposto recebe, diariamente, cerca de 10 mil toneladas de produtos procedentes do Brasil e de mais 18 países. A movimentação de mercadorias chega a 250 mil toneladas por mês.

De acordo com o Sindicato dos Empregados em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo (Sindbast), a paralisação poderá causar impacto à qualidade e aos preços dos produtos comercializados. No total, trabalham 700 funcionários na companhia.

Os trabalhadores reivindicam avanços no acordo coletivo e aumento salarial real. A categoria diz que não aceita o aumento de 6,38%, referente apenas à reposição da inflação, oferecido pela Ceagesp.

Em nota, a companhia informa que o mercado e a feira de flores estão funcionando normalmente. As atividades afetadas concentram-se principalmente no setor de fiscalização, que atua na conferência de notas fiscais e na quantidade de produtos comercializados. “Não é possível falar em prejuízos, mas o que pode acontecer são atrasos nos procedimentos administrativos da companhia. Também não temos, no momento, o número de funcionários que aderiram à paralisação”, acrescenta a nota.

A greve é só um entre os vários problemas que a Ceagesp enfrenta neste ano. Em março, ocorreram manifestações na companhia, que acabaram em tiroteio e depredação. À época, a reportagem da RBA mostrou que os ataques foram motivados pela reversão do processo de concessão ao setor privado e a proposta de permissionários para a manutenção de contratos intermináveis.

Com informações da Agência Brasil

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