Metalúrgicos debatem desigualdade salarial no país

São Paulo – A Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT realiza entre hoje (6) e amanhã (7), em sua sede, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a 1ª […]

São Paulo – A Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT realiza entre hoje (6) e amanhã (7), em sua sede, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a 1ª Conferência Nacional da Negociação Coletiva, com o objetivo de combater a desigualdade salarial da categoria nas diferentes regiões brasileiras e buscar melhores condições de trabalho. 

Pesquisa do Dieese mostrou que a diferença salarial entre metalúrgicos de montadoras de estados diferentes pode chegar a R$ 4 mil. Além disso, o fator de rotatividade nas diferentes indústrias também é muito contrastante em algumas cidades. “Há municípios do país que têm índices de rotatividade de 3%, outros com 14%, e alguns até com 30%”, explica Zeíra Mara Camargo de Santana, economista do Dieese, em entrevista à TVT.

Segundo ela, este é um instrumento utilizado pelo empresariado para reduzir a remuneração média dos trabalhadores. “Trinta por cento dos trabalhadores trocados no ano dentro da mesma empresa é um índice muito alto.”

O presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, explica que o principal objetivo da conferência é articular os pontos em comum das discussões que hoje já ocorrem no Brasil, a partir das federações e dos próprios sindicatos. Ele ressalta que as metas para a diminuição das distorções entre os salários serão construídas coletivamente com todos os trabalhadores. “A ideia é trabalharmos juntos para aproximar aqueles que estão lá embaixo dos que estão lá em cima, e nunca o inverso.”

A conferência pretende reunir 180 sindicalistas de todos os sindicatos de metalúrgicos do país filiados à CNM-CUT e às confederações da CUT dos ramos industriais.

Veja aqui a reportagem da TVT.