Com Gleisi, senadores veem reabertura da agenda política

São Paulo – Senadores indicam que a crise política, que envolvia o ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci, deve ficar para trás. Apesar de líderes da oposição insistirem em manter […]

São Paulo – Senadores indicam que a crise política, que envolvia o ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci, deve ficar para trás. Apesar de líderes da oposição insistirem em manter a coleta de assinaturas para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a ação e a conduta do ex-ministro, parlamentares avaliam que a nova titular do cargo, Gleisi Hoffmann, encontrará um cenário de maior calmaria.

Para Cristovam Buarque (PDT-DF), a crise está encerrada pelo menos no Congresso. Buarque foi um dos senadores da base governista a apoiar a investigação. “Com a saída do Palocci, a CPI morreu. Assinei quando necessário”, escreveu em seu perfil no Twitter. Ele defende ainda que a “democracia venceu” com a troca na Casa Civil. “A Justiça e a Polícia (Federal) têm competência e obrigação de apurar o que um ex-ministro, ex-deputado(-federal), ex-homem público fez.”

A senadora Kátia Abreu (ex-DEM, rumo ao PSD), presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), limitou-se a desejar “boa sorte” à ministra. Referência da bancada ruralista no Congresso, ela lembrou que o Código Florestal pode ser votado pelo Senado ainda neste semestre, antes do recesso.

O relatório do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), em 23 de maio, foi um dos pontos críticos para o governo, já que marcou uma derrota dupla para o governo. As acusações de tráfico de influência, ligadas ao crescimento de 20 vezes no patrimônio de Palocci, aumentaram as dificuldades de articulação no Congresso Nacional.

No discurso de posse, Gleisi fez um aceno ao Legislativo, sugrindo mais diálogo. “Tenho consciência de que minha escolha não se deve apenas à minha caminhada política. Ao escolher uma senadora da República, Dilma manifesta apreço ao Congresso Nacional, ao Poder legislativo”, afirmou.

Em sua despedida do Senado, ela adotou tom semelhante. “Gostaria de manter a convivência respeitosa que mantivemos nesta Casa”, avisou. Ela ainda fez elogios ao líder do PMDB na Casa, Romério Jucá (RR), e ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O principal aliado do PT no Congresso é uma das fontes de maior preocupação para a gestão de Dilma.

 

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