Números de celulares em São Paulo terão nove dígitos a partir de julho

Aparelhos com prefixo 11 serão precedidos do número 9

São Paulo – A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou nesta sexta-feira (27) que os telefones móveis, ou aparelhos celulares, registrados sob o prefixo 11, que abrange a cidade de São Paulo e a região metropolitana, ganharão um número a mais a partir de 29 de julho, um domingo. A medida visa a ampliar os recursos de numeração da área, que já dá sinais de saturação.

De acordo com a Anatel, o número 9 será acrescentado no início de todos os atuais números de celulares da área 11. As ligações efetuadas para o número com oito dígitos valerão após 29 de julho por 90 dias. Durante esse período, antes de se completar as chamadas os usuários ouvirão mensagens com orientação sobre a nova regra de discagem. O custo estimado da mudança é R$ 300 milhões, bancado pelas operadoras.

O limite de 37 milhões de linhas possíveis com os atuais oito dígitos deve ser ultrapassado em um ano e meio, se o ritmo de expansão for mantido, segundo a Anatel. Segundo a agência, o crescimento líquido (linhas ativadas menos as desativadas) é de 342 mil por mês. São 32 milhões de linhas as que tem prefixo 11. Para João Rezende, presidente da Anatel, ao adicionar um dígito, haverá mais tranquilidade para empresas, consumidores e para o órgão regulador.

A Anatel chegou a considerar uma alternativa à adição do número extra aos já existentes. A opção seria a criação de um novo código para a cidade, além do prefixo 11, mas proposta não prosperou. A implementação da chamada “área 10” obrigaria os paulistanos a efetuar chamadas interurbanas dentro do mesmo município. 

A novidade no Brasil já faz parte da rotina em outros países, como os Estados Unidos, onde todos os números de telefone móvel ou fixo possuem nove dígitos. A regra aplicada em breve nas 64 cidades da Grande São Paulo deverá ganhar outros estados em breve. Isso porque, de acordo com a Anatel, já existem no país cerca de 242,2 milhões de celulares habilitados, para uma população de pouco mais de 190 milhões de habitantes, segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Somente em 2011, informa a agência, o número de novas habilitações chegou a 39,3 milhões, batendo um novo recordo para o período. A Anatel não informa se já existem planos para a inovação em outras regiões de São Paulo ou do país.