Brasil debate futuro da ciência, tecnologia e inovação

Desta quarta até sexta-feira, em Brasília, representantes do setor discutirão propostas para os próximos 10 anos

A energia atômica, como a gerada em Angra dos Reis, será um dos temas discutidos (Foto: Divulgação/INB)

São Paulo – Começa nesta quarta-feira (26), em Brasília, a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O objetivo é debater propostas para a consolidação de uma política de estado para os próximos 10 anos. Na pauta estão temas como biodiversidade, recursos hídricos e minerais, bioenergia, energias atômica e alternativas, pesquisa e desenvolvimento em saúde, novos padrões de agricultura sustentável, espaço, defesa e segurança nacional e biotecnologia, entre outros.

A conferência será também espaço para o diálogo entre comunidade científica, instituições, entidades públicas e governos estaduais. Para o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, “serão abertos caminhos para que a ciência nacional melhore cada vez mais a vida das pessoas e ajude o país a crescer de maneira sustentável”.

No começo de abril, durante a conferência regional sudeste, o capixaba Sílvio Ramos, presidente do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Municipais de Ciência, Tecnologia e Inovação, coordenou um eixo voltado a discutir o papel do setor no desenvolvimento econômico e social das cidades.

“Pouco resolve gerar conhecimento e riqueza numa ponta quando a outra, formada pela maioria da população brasileira, não se apropria e nem se beneficia disso”, opina. Segundo ele, o problema é tão grave que o gestor municipal, principalmente das pequenas cidades, acredita que o assunto não lhe diz respeito.

Ramos aponta ainda a necessidade de redução da disparidade regional no investimento público para o setor. Enquanto São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais somam 71 institutos nacionais, o Espírito Santo não abriga nenhum. “Mesmo o Estado tendo a menor população e a menor contribuição para o PIB, não quer dizer que não tenha potencial. Então equilibrar isso é fundamental”, diz.