Vacinas salvam

São Paulo registra nova variante da covid-19. ‘Não há evidências de gravidade’

Nova variante da covid-19, arcturus, é confirmada em São Paulo em paciente idoso e com comorbidades. Vacinado, teve alta e está em casa

GOVSP/Fotos Públicas
GOVSP/Fotos Públicas
Autoridades reforçam a necessidade das vacinas. Para isso, o governo federal faz um esforço para disponibilizar para todos os adultos as vacinas bivalentes

São Paulo – A cidade de São Paulo registrou, oficialmente, o primeiro caso da variante arcturus, da covid-19. A linhagem (XBB.1.16) já circula em outros países. A Organização Mundial da Saúde apontou a arcturus como “variante de interesse” no mês passado. De acordo com a OMS, é preciso maior atenção quanto a essa variante, uma vez que ela apresenta mutações relevantes. Estas modificações podem ter impacto, por exemplo, na eficácia de imunizantes, especialmente os mais antigos, monovalentes.

A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal de Saúde confirmou o caso ontem (1º). Hoje, o Ministério da Saúde divulgou breve comunicado para tranquilizar a sociedade. De acordo com cientistas, “não há evidências de alteração na gravidade dos casos”. A Covisa confirma que, até o momento, a chegada da nova linhagem não afetou a dinâmica epidemiológica do vírus na cidade. Contudo, as autoridades reforçam a necessidade das vacinas. Para isso, o governo federal faz um esforço para disponibilizar para todos os adultos as vacinas bivalentes, mais modernas.

Algumas cidades já aplicam doses para todos acima de 18 anos. Em São Paulo, a prefeitura adotou um regime de escalonamento. Amanhã (3) começa a aplicação para maiores de 40 anos. Também já é possível, para aqueles abaixo desta faixa etária, a inscrição na “fila da xepa”. Assim, conforme “sobrarem” vacinas, elas já serão aplicadas em quem manifestar interesse com maior agilidade.

Nova variante da covid

A variante arcturus foi identificada no início do ano na Índia. Por lá, as vacinas têm resultado em um bom controle epidemiológico. Contudo, a nova linhagem já é dominante no país, o que mostra o grande potencial de disseminação viral. Então, autoridades reforçam a necessidade de manter o esquema vacinal em dia, com pelo menos duas doses das vacinas monovalentes (ou dose única da Janssen) e mais uma bivalente. As vacinas bivalentes são mais adaptáveis, pensadas para englobar maior variedade genética dos coronavírus.

Em relação às características da nova linhagem, ela possui algumas diferenças relevantes. Sua primeira detecção, em São Paulo, foi em um idoso de 75 anos, portador de comorbidades, que apresentou sintomas gripais e febre intermitente. Ele estava com esquema vacinal completo e já teve alta; está em casa e passa bem.

Já os sintomas, a literatura médica vem destacando três principais. Em primeiro lugar, uma irritação ocular, algo como uma conjuntivite, o que difere de linhagens anteriores. Em seguida, seguem os sintomas febris e tosse seca.