Educação e saúde

Brasil tem alerta por vírus respiratórios. No mundo, atenção é voltada à vacinação

Vírus respiratórios estão em alta no país. A atenção deve ser redobrada à vacinação, particularmente contra o mais letal, da covid-19

Reprodução/OMS
Reprodução/OMS
Com a devastação de áreas verdes, é possível a explosão de surtos de doenças adormecidas, ou mesmo a disseminação massiva de vírus incidência local

São Paulo – O Brasil segue em estado de alerta para vírus respiratórios. Após o país inteiro registrar aumento nos casos de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a tendência segue de crescimento em estados do Norte e Nordeste. Com a ampla vacinação contra a covid-19, o vírus traça um caminho para integrar o conjunto de vírus sazonais, embora carregue particularidades.

Hoje, entre os exames realizados em nível nacional, apresentam prevalência: influenza A (17,5%), influenza B (6,6%), vírus sincicial respiratório (40,3%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (22,8%). No  Acre, Amapá, Pará, Rio Grande do Norte e Roraima, as hospitalizações por SRAG estão em alta nas últimas seis semanas. Os principais afetados são crianças e adolescentes. Em Sergipe, destaque para aumento de casos e internações entre idosos.

Embora os casos mais graves das síndromes respiratórias estejam concentrados no vírus sincicial respiratório, as mortes revelam outro quadro. O vírus respiratório mais mortal segue o da covid-19. Entre os registros, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de: influenza A (24,7%), influenza B (8,4%), vírus sincicial respiratório (9,3%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (51,6%).

Entre as capitais, dez apresentam crescimento de SRAG: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Palmas (TO), Porto Velho (RO),  Rio Branco (AC) e Teresina (PI). O sinal está presente sobretudo nas crianças.

Uso de máscaras e vírus respiratórios

Na última semana, o Ministério da Saúde pediu aos brasileiros com sintomas respiratórios para que usassem máscaras, particularmente em ambientes fechados e de aglomeração. O uso do mecanismo de proteção, idealmente, deve entrar na rotina de cuidados do brasileiro.

O pesquisador responsável pelo boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marcelo Gomes, reforça a medida. “Baixas temperaturas favorecem as infecções respiratórias nesse período do ano, de modo que é importante mantermos os cuidados de ventilação adequada e uso de boas máscaras por parte das pessoas que estão apresentando sintomas gripais e não possuem condições de fazer o repouso recomendado”.

Vacinação e doenças respiratórias

Diante dos quadros perigosos que envolvem síndromes respiratórias, autoridades e especialistas reforçam a relevância de manter o calendário vacinal em dia. Isso vale tanto para as vacinas de gripe para grupos de risco, como para todas as doses das vacinas de covid-19, incluindo a última dose de reforço com a vacina bivalente, mais moderna e poderosa.

Primeiramente, este é o quadro em todo o mundo. Hoje, o diretor regional europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, reiterou a relevância das vacinas. “Embora já não seja uma emergência de saúde pública global, a covid-19 não desapareceu”, disse. Então, ele reforçou que os países “não devem baixar a guarda”.

A covid-19 segue letal, embora altamente controlada após a vacinação ampla. Na Europa, morrem cerca de mil pessoas por semana. No Brasil, no último período, foram 243. É relevante apontar que o vírus, antes das vacinas, deixou rastro de mais de 3 mil mortes diárias apenas no Brasil em seu ápice.

Então, autoridades são uníssonas ao recomendar atenção à vacinação contra o vírus que deixou mais de 20 milhões de mortos em todo o mundo desde 2019.


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