Consciência

Ministério da Saúde recomenda uso de máscaras diante da disseminação de vírus respiratórios

De acordo com o Ministério da Saúde, o uso das máscaras se justifica pela alta circulação de vírus respiratórios

Pixabay
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Segundo o órgão, estes são os grupos de risco para complicações da covid-19: imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades

São Paulo – Recomendação do Ministério da Saúde destaca o uso de máscaras de proteção facial para pessoas com sintomas de gripe. Também aquelas que apresentam fatores de risco para a covid-19 e casos suspeitos ou confirmados da doença.

Segundo o órgão, estes são os grupos de risco para complicações da covid-19: imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades. A recomendação de uso de máscaras vale principalmente em ambientes fechados e sem ventilação adequada, locais com aglomeração e serviços de saúde.

Na nota técnica, o Ministério ressalta que, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha declarado o fim da emergência em saúde pública de importância internacional, o vírus continua circulando no Brasil e no mundo.

“O vírus ainda está em caráter pandêmico. Tem transmissão generalizada. Também há o risco de surgimento de novas variantes, potencialmente mais graves do que as variantes atualmente em circulação, que devem ser monitoradas”, afirma o documento.

Além do uso de máscaras, o ministério destaca outras medidas não farmacológicas importantes, como distanciamento físico, etiqueta respiratória, higienização das mãos com álcool 70% ou água e sabão, limpeza e desinfecção de ambientes, além do isolamento de casos suspeitos ou confirmados.

A pasta também reforça a importância da vacinação contra a covid-19, que está disponível para toda a população a partir de 6 meses de idade. O reforço da vacina bivalente está disponível para maiores de 18 anos que já receberam pelo menos duas doses da vacina monovalente.

Máscaras para além da covid-19

A recomendação do ministério também tem relação com a disseminação massiva de vírus da gripe. Em particular, da Influenza A (H1N1), que tem revelado especial gravidade nos últimos meses. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou nesta semana a primeira morte pelo vírus; uma mulher de 42 anos na cidade de Toledo, no Paraná. De acordo com a entidade, ela tinha diagnóstico de câncer, o que agravou o quadro. Contudo, trata-se de uma variante do vírus, que pode apresentar condições mais severas.

Ela também vivia próximo a uma fazenda de suínos. A Influenza A é um vírus que circula entre suínos com facilidade, assim passa para humanos. A Fiocruz, no entando, ressalta que este vírus nada tem a ver com a Influenza Aviária (H5N1) que vem acendendo alertas em todo o mundo pelo contágio em aves, em particular, no Brasil, silvestres.

“É muito importante ressaltar que este caso não tem correlação com o vírus H5N1, que muito tem se falado nos últimos dias. O H5N1 é o vírus da influenza aviária, atinge predominantemente as aves e até o momento não há registro de casos em humanos no Brasil. O vírus detectado no Paraná é outro, trata-se do H1N1 variante”, frisa Marilda Mendonça, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC/Fiocruz.

Com informações da Agência Brasil