Comissão vai fixar critérios para diagnósticos para anencefalia

Conselho Federal de Medicina cria comissão para traçar diretrizes para evitar falhas na detecção da malformação

São Paulo – Ainda neste mês, pediatras, neurologistas, ginecologistas, obstetras e especialistas em exames de imagem, entre outros profissionais da área, começarão a traçar critérios para o diagnóstico de anencefalia. “O objetivo é aprimorar e corrigir falhas diagnósticas”, disse Carlos Vital Correa Lima, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM).

O CFM, que coordenará o trabalho, anunciou a medida hoje (13), um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir pela descriminalização do aborto de fetos anencefálicos. Com a medida, as mulheres não serão obrigadas a interromper a gestação em caso anencefalia, mas poderão fazê-lo sem ter de recorrer à Justiça. Bastará a comprovação por meio de laudos médicos.

O CFM estima que em 60 dias as diretrizes já estarão estabelecidas. Segundo a entidade, os médicos terão mais segurança para o diagnóstico de casos de anencefalia e poderão fazer o procedimento o quanto antes, reduzindo assim os riscos à saúde da mulher.

Carlos Vital informou ainda que o Conselho deverá se reunir em junho para discutir a descriminalização do aborto em caso de fetos com outras anomalias igualmente graves.