Eleições 2024

‘Vitória de Boulos em São Paulo será de toda esquerda brasileira’, afirma presidenta do Psol

Nova presidenta do Psol, Paula Coradi comenta, em entrevista a Juca Kfouri para a TVT, a relevância da candidatura de Boulos na cidade de São Paulo

Reprodução/TVT
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"Esta eleição de São Paulo será nacionalizada. Isso por conta da polarização política. São Paulo será uma grande vitrine"

São Paulo – No Entre Vistas, da TVT, que foi ao ar ontem (19), o jornalista Juca Kfouri conversou com Paula Coradi, historiadora, educadora e nova presidenta do Psol. Ela falou sobre conjuntura política nacional e internacional. Particularmente, Paula está preocupada com a articulação da esquerda no país. Ela ressaltou a importância da aliança entre o PT e o Psol na cidade de São Paulo em torno da candidatura do deputado federal Guilherme Boulos para a prefeitura.

“Teremos uma frente entre partidos que declararam apoio à nossa campanha. Então, tivemos o lançamento recentemente. Quero dizer que esta eleição de São Paulo será nacionalizada. Isso por conta da polarização política. São Paulo será uma grande vitrine. Teremos uma eleição muito importante, com um caráter plebiscitário do governo Lula. Então, para nós, governar a maior capital da América Latina é muito importante”, afirmou.

Para isso, de acordo com Paula, é essencial manter a coesão na esquerda. Particularmente, diante de um cenário político onde os resquícios do bolsonarismo ainda ecoam entre a extrema direita. “Viemos construindo essa aliança com o PT há um bom tempo. Acreditamos que é muito importante o reconhecimento do PT em apoiar nossa candidatura em São Paulo. Além de toda a importância política, ter Guilherme Boulos como cabeça de chapa é incrível. Ele é um grande quadro. Toda esquerda brasileira ganha muito com a vitória de Boulos por projetar um quadro político imprescindível que tem nosso apoio e admiração.”

Boulos, Psol, PT e democracia

O Psol vem atuando como importante aliado do PT na defesa da democracia, em oposição ao golpismo de bolsonaristas. Mesmo com postura autônoma, é fato que o Psol faz parte da base parlamentar do governo Lula e carrega também protagonismo neste embate político. “A conjuntura (ainda) é muito grave. Existe uma extrema direita organizada e muito ativa. Não temos espaço para sermos oposição, porque a extrema direita ocupa esse espaço”, comenta a nova presidenta do partido.

“Para nós está muito nítido. Temos que fazer com que o governo Lula dê certo. Se o governo Lula não der certo, a extrema direita volta. Nosso papel político é fazer com que o governo dê certo. Mais do que isso, existe um programa, um projeto de reconstrução do Brasil. Um projeto de combate às desigualdades, de pensar no Brasil, a visão das mulheres, da negritude, povos indígenas, LGBTQIA+ (…). Então, além disso, nosso papel também é de reduzir o poder do Centrão que faz tão mal para o Brasil”, completa Paula.