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STF liberta mais 130 presos por atos de terrorismo em Brasília

Decisão do ministro Alexandre de Moraes foi publicada nesta segunda-feira. Outras 392 pessoas ainda vão permanecer na prisão

Joedson Alves/ABr
Joedson Alves/ABr
Santos disse que agiu porque Bolsonaro o fez acreditar que haveria "fraude nas urnas eletrônicas"

São Paulo – Decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes divulgada na manhã desta segunda-feira (13) libera da prisão mais 130 denunciados pelos atos antidemocráticos que resultaram na depredação das sedes dos três poderes, em 8 de janeiro. Com a soltura decretada hoje, dos cerca 1.400 detidos pelos atos de terrorismo em Brasília, ainda vão permanecer na prisão 392 pessoas – 310 homens e 82 mulheres. Segundo dados do Supremo, foram libertadas até o momento 1.014 golpistas, entre homens e mulheres.

A revogação das prisões por Alexandre de Moraes foi determinada depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncias contra os investigados, por delitos como incitação ao crime e associação criminosa. Os libertados serão monitorados com tornozeleira eletrônica e precisam cumprir restrições, como proibição de usar redes sociais ou entrar em contato com outros investigados.

Também ficam proibidas de sair de casa à noite e nos fins de semana. Todos terão 24 horas para se apresentar na comarca de sua residência, procedimento que terá de ser repetido semanalmente. Além disso, todos terão o passaporte cancelado e suspensa qualquer autorização para o porte de arma.

Ao todo, 919 pessoas já foram denunciadas pela PGR por esses crimes. Destas , 219 responderão também por delitos mais graves, como dano qualificado, abolição violenta do Estado de direito e e tentativa de golpe de Estado.

O dia do terrorismo em Brasília

No dia 8 de janeiro, um domingo, extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) romperam barreiras de proteção, invadiram e depredaram as sedes dos três poderes, em reação golpista contra o resultado das eleições presidenciais. Eles provocaram danos em patrimônio e em prédios públicos, num ataque à democracia sem precedentes na história do Brasil. Os terroristas vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, quebraram vidraças e móveis, rasgaram documentos e roubaram armas.

Ainda em janeiro, a Polícia Federal (PF) iniciou a operação chamada de Lesa Pátria, para identificar e investigar participantes e financiadores dos atos de terrorismo em Brasília.


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