Pedido do PGR

Renan manda recado para Janot: ‘Instituições não devem exacerbar seus limites’

Presidente do Congresso subiu ao plenário para afirmar que 'Senado brasileiro não é responsável pela crise política do país, nos últimos meses'

Jefferson Rudy/Agência Senado/fotos públicas

Renan: ‘Não é hora de aumentar a temperatura institucional’

Brasília – O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), abriu a ordem do dia no fim da tarde de hoje (7) afirmando que “o Senado não é parte da crise e sim, a solução”. O parlamentar, ao falar sobre os pedidos feitos pelo procurador-geral da União, Rodrigo Janot, para prisão dele, do também senador Romero Jucá (PMDB-RR), do ex-presidente José Sarney (PMDB-MA) e do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que não quer criar polêmica entre os poderes da República. Mas, ao mesmo tempo, acha que o momento é de repetir, mais que nunca, que “não é o Senado o responsável pela crise que afeta o país, nos últimos meses”.

O pedido de Janot está nas mãos do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator dos processos relacionados à Operação Lava Jato. Tem como argumento a acusação de que os quatro caciques do PMDB teriam conspirado para barrar investigações sobre a Lava Jato – o que, segundo o procurador-geral, teria sido comprovado por meio de conversas gravadas pelo ex-presidente da Tranpetro Sérgio Machado.

Embora usando um tom diplomático, Renan – que já tinha divulgado uma nota pessoal criticando a postura do procurador-geral – disse ainda, no plenário do Senado, que as instituições não devem exacerbar seus limites e que “não é hora de aumentar a temperatura institucional”.

De acordo com o senador, “o Senado não vai extrapolar a sua competência” porque, a seu ver, a instituição está disposta a contribuir para solucionar a crise política.

“Toda a vez que há exagero, extravagância, excesso, desproporcionalidade, expressões como democracia, Constituição, liberdade de expressão, liberdade de opinião e presunção de inocência perdem prestígio. E nós não vamos colaborar com isso”, disse Renan.

Com informações da Agência Senado