São Paulo – O PT entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira (19), contra Jair Bolsonaro. O partido pede a retirada, das redes sociais do presidente e do governo, dos vídeos que divulgam o encontro com embaixadores e autoridades no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, na tarde de ontem. No evento, o mandatário repetiu acusações, mentiras e informações falsas contra as eleições brasileiras e as urnas eletrônicas.

O chefe do governo voltou a utilizar a emissora, vinculada à Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), para divulgar mentiras e informações deturpadas, além de difundir imagens de suas “motociatas”, diz a agremiação.

Na ação, os advogados do escritório Teixeira Zanin Martins e Aragão e Ferraro Advogados argumentam que Bolsonaro incorreu em propaganda eleitoral antecipada. Além disso, estaria disseminando fake news por meio de propriedade pública.

Nesta segunda-feira (18), o YouTube tirou do ar um outro vídeo em que Jair Bolsonaro desacreditava urnas eletrônicas. Na live, de 29 de julho de 2021, o presidente questiona a segurança do sistema eleitoral, sem apresentar provas. Porém, a gravação ainda está disponível pelo canal do governo federal na plataforma. Os argumentos da transmissão do ano passado são similares aos usados pelo presidente na reunião de ontem.

Capitão de inverdades

“Nos mais de 40 minutos que busca atentar contra a democracia, o Representado afirmou que ‘a desconfiança no sistema eleitoral tem se avolumado, nós não podemos enfrentar as eleições sob o manto da desconfiança’, ignorando que é o próprio que, em reiteradas manifestações, capitaneia o movimento que insiste em espalhar inverdades sobre o sistema eleitoral, com fins de se criar um clima de insegurança institucional no país”, acrescenta o partido na petição.

A legenda lembra ainda que, em relatório apresentado a respeito das Eleições de 2020, a Organização dos Estados Americanos (OEA) concluiu pela segurança do sistema de votação eletrônico utilizado pelo Brasil. Se observou a respeito de melhorias que poderiam ser feitas, não constatou nenhuma relacionada à segurança das urnas”, diz a ação.

Na fala a diplomatas, Bolsonaro “atacou as urnas eletrônicas, a democracia e diversas autoridades públicas por meio de falas sem qualquer embasamento probatório apto a sustentar suas alegações”, afirma o PT.

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