Responsáveis

PT e Psol vão ao STF contra deputados bolsonaristas que apoiaram terrorismo em Brasília

Partidos pedem a suspensão das redes sociais dos parlamentares envolvidos, e que os eleitos sejam impedidos de tomar posse

Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado
Para deputados do PT, é "inadmissível" que parlamentares possam incentivar ataques que atingiram o próprio Congresso

São Paulo – As bancadas do PT e do Psol na Câmara dos Deputados acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (9) contra deputados bolsonaristas que promoveram e apoiaram as ações terroristas no último domingo (8) em Brasília. Os partidos pedem a inclusão urgente destes parlamentares no inquérito dos atos antidemocráticos, sob comando do ministro Alexandre de Moraes. O atual líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), e o seu sucessor, Zeca Dirceu, assinam o ofício.

Os alvos são os deputados eleitos André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE), Silvia Waiãpi (PL-AP), e a suplente Pâmela Bório (PSC-PB). Os petistas pedem que eles sejam responsabilizados por apoiar ou incentivar a invasão, que resultou na depredação das sedes dos Três Poderes.

No domingo, Clarissa chegou a divulgar nas redes sociais um vídeo da invasão (confira a reprodução). “Acabamos de tomar o poder. Estamos dentro do Congresso. Todo o povo está aqui em cima. Isso vai ficar para a história, a história dos meus netos, dos meus bisnetos”, comentou. Silvia também postou comemorando a tentativa golpista. Já Fernandes publicou convocando para os atos.

Nesse sentido, o PT pede que eles sejam impedidos de assumir o cargo na próxima Legislatura. E que todos, incluindo a suplente, sejam impedidos de acessar redes sociais. “É inadmissível que parlamentares possam incentivar, apoiar ou exultar os ataques que atingiram a própria Casa Legislativa em que vão trabalhar”, afirmaram Lopes e Dirceu.

Mais nomes

Por sua vez, a lista do Psol é mais ampla. O partido pede investigação e medidas cautelares contra os três bolsonaristas citados na ação do PT, além dos deputados federais Ricardo Barros (PP-PR), José Medeiros (PL-MT), Coronel Tadeu (PL-SP), Carlos Jordy (PL-RJ). A lista inclui ainda o senador eleito Magno Malta (PL-ES), os deputados estaduais Sargento Rodrigues (PTB-MG) e Ana Compagnolo (PL-SC), e o vereador de Recife Junior Tércio (PP-PE).

Da mesma forma, o Psol solicita a suspensão dos redes sociais dos parlamentares citados, além da apreensão dos seus passaportes.

“É urgente que a justiça apure as responsabilidades de parlamentares na convocação, divulgação e incentivo aos atos golpistas ocorridos no último domingo. Assim, não podemos tolerar que qualquer tipo de leniência com aqueles que atentam contra o povo brasileiro e a soberania de sua decisão”, diz disse a líder do Psol na Câmara, Sâmia Bomfim (SP), na ação. Todos os deputados do Psol, com mandatos, eleitos e reeleitos, ademais do presidente do partido, Juliano Medeiros, também assinam o documento.


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