Vandalismo

Passadas 24 horas do ataque, Câmara depende de perícia para concluir levantamento de danos

Local da posse de Lula, plenário Ulysses Guimarães ficou intacto e já pode receber sessões. Bola autografada por Neymar foi levada

Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Imagens da destruição: vidraças quebradas nos salões Verde e Negro, maquete danificada, sujeira no painel 'Araguaia'

São Paulo – No dia seguinte ao dos ataques terroristas em Brasília, a Câmara dos Deputados iniciou o levantamento dos estragos causados pelos invasores do prédio principal. Segundo o parlamento, o balanço está avançado, mas só poderá ser concluído depois que a perícia policial e a limpeza cumprirem suas tarefas.

Nesta segunda-feira (9), a prioridade foi garantir a retomada das sessões. Nesse sentido, o plenário Ulysses Guimarães, o maior da Câmara, onde se realizou a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 1º, “já está limpo e preparado para receber os parlamentares”.

Polícia e brigadas

Assim, segundo o levantamento, o maior dano constatado até agora foi a quebra de vidraças, frontais e laterais, principalmente nos salões Verde e Negro. Além disso, partes do carpete do Salão Verde foram furadas ou queimadas pelos manifestantes, ou tiveram danos com água.

“Os estragos não foram maiores devido à ação da Polícia Legislativa, que contava com efetivo de mais de 100 policiais, além da rápida atuação dos brigadistas no controle de focos de incêndio”, diz ainda a Câmara, que divulgou uma lista parcial de itens atingidos ou não (veja abaixo). Até uma bola autografada pelo jogador Neymar foi furtada.

ataques à câmara
Estátua de Ulysses Guimarães, na entrada do plenário, escapou de ataques terroristas à Câmara
(Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Baderna e destruição

Em rede social, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), condenou os ataques. “O Congresso Nacional jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente. Mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo. Os responsáveis que promoveram e acobertaram esse ataque à democracia brasileira e aos seus principais símbolos devem ser identificados e punidos na forma da lei.”

Itens danificados ou destruídos

  • Dos 46 presentes protocolares expostos no Salão Verde, seis estão desaparecidos ou irrecuperáveis
  • Muro Escultórico, de Athos Bulcão (1976): perfurado na base
  • Bailarina, de Victor Brecheret (1920): descolada da base
  • Escultura Maria, Maria, de Sônia Ebling (1980): marcada com paulada

Itens que não foram danificados:

  • Escultura Anjo, de Alfredo Ceschiatti (1977) – Salão Verde
  • Painel Candangos, de Emiliano Di Cavalcanti (1960) – Salão Verde
  • Painel Araguaia, de Marianne Peretti (1977) Salão Verde
  • Painel Alumbramento, de Marianne Peretti (1978) – Salão Branco/Chapelaria​

Com informações da Agência Câmara de Notícias


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