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PF investiga invasão de sistema após falso mandado de prisão contra Alexandre de Moraes, ‘assinado’ pelo próprio ministro

Documento fraudulento apareceu no banco de mandados do CNJ

Antonio Cruz/Agência Brasil
Antonio Cruz/Agência Brasil
Relator os inquéritos sobre fake news, ministro Alexandre de Moraes quer ações das empresas para mitigar práticas ilicitas e saber quanto ganham com públicidade que promovem as notícias falsas

São Paulo – A Polícia Federal (PF) passou a investigar se os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foram invadidos, após o surgimento de um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O suposto documento, inclusive, era assinado por ele mesmo, como noticiou o portal Metrópoles. “Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo”, dizia um trecho.

Assim, o novo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, disse ao portal que a área de Crimes Cibernéticos da instituição foi ao CNJ para apurar o episódio. Peritos analisaram computadores e o sistema do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, que está fora do ar. O CNJ, por sua vez, informou em nota ter identificado uma “inconsistência fora do padrão” feita por usuário regularmente cadastrado no sistema. Nesse sentido, entre as hipóteses consideradas, estão roubo ou clonagem da credencial usada pelo servidor e má-fé pelo portador da credencial.

O falso documento ainda traz ironias, explicitando a fraude. Como o seguinte trecho: “Sem me explicar, porque sou como um deus do olimpo, defiro a petição inicial, tanto em razão da minha vontade como pela vontade extraordinária de ver o Lula continuar na presidência”. O ministro Alexandre de Moraes ainda estaria condenado a pagar multa de R$ 22,9 milhões. É o mesmo valor imposto ao PL, que propôs ação pedindo a anulação de parte dos votos no segundo turno das eleições.

Com informações dos portais Metrópoles e UOL