sai ou fica?

Múcio diz que não vai deixar o Ministério da Defesa

Ontem, o deputado André Janones postou no Twitter que ouviu de “fonte segura e confiável” que ministro entregaria o cargo “nas próximas horas”

É completamente falsa a informação que circula nas Redes Sociais", diz o Ministério da Defesa

São Paulo – O Ministério da Defesa divulgou nesta quarta-feira (11) uma nota na qual afirma que o titular não vai renunciar ao cargo. “O Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, informa que não pediu renúncia do cargo. É completamente falsa a informação que circula nas Redes Sociais”, diz a pasta.

Ontem, o deputado federal André Janones (Avante-MG) postou no Twitter que Múcio estaria prestes a deixar o cargo. “Ministro da Defesa José Múcio deve entregar sua carta de renúncia nas próximas horas!”, postou o parlamentar, que teve papel importante nas redes sociais, na campanha do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva à presidência.

No entanto, Janones fez uma ressalva, afirmando: “recebi a informação da renúncia do ministro de fonte que, até aqui tem se mostrado segura e confiável. Todavia, o ministro José Múcio nega que irá renunciar”.

Múcio irritou setores do novo governo, no dia da cerimônia de sua posse, no dia 2, quando afirmou que era contra medidas enérgicas para desmontar os acampamentos golpistas. “Eu falo com autoridade porque tenho parentes lá”, explicou, sobre o acampamento de Recife.  Acrescentou na ocasião que tinha “alguns amigos” no grupo golpista de Brasília.

“É uma manifestação da democracia. A gente tem que entender que nem todos os adversários são inimigos, a gente tem até inimigos correligionários. Eu acho que daqui um pouquinho aquilo vai se esvair e chegar a um lugar que todos nós queremos”, declarou ainda.

Mudança de discurso

Já depois da invasão de Brasília e destruição das sedes do Judiciário, Executivo e Legislativo, ele mudou o discurso: “Não tem como continuar assim, vamos tomar providência, não tem mais como aturar isso”, disse à TV Globo.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, Lula avaliou que o ministro errou ao chamar atos golpistas de “democráticos”.

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