Debandada?

Advogado-geral da União completa lista de saídas em outro dia caótico no Palácio do Planalto

André Mendonça, atual ministro da Justiça que na posse bateu continência para Bolsonaro, deve retornar à AGU

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Na posse como ministro da Justiça, há menos de um ano, Mendonça chamou o chefe de 'profeta'

São Paulo – Em um dia já conturbado pelas saídas dos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa), o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Levi, pediu demissão. Em carta sucinta, ele encaminhou seu pedido de exoneração ao presidente. Para seu lugar, especula-se que André Mendonça, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, pode retornar à AGU. Levi antecipou-se a uma possível demissão. Seria mais um “não alinhado” ao governo.

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Mendonça está há menos de um ano na função. O ministro da Justiça assumiu o cargo em 30 de abril do ano passado, substituindo justamente Sergio Moro. No mesmo dia, José Levi Mello do Amaral Júnior tomou posse na AGU. A cerimônia no Palácio do Planalto teve direito a continência de Mendonça, que chamou Jair Bolsonaro de “profeta no combate à criminalidade”. Naquele momento, o governo vivia outra crise, ao ver barrada a nomeação de um novo diretor para a Polícia Federal.

Falta definir o substituto de Mendonça. O mais cotado até agora é o delegado da PF Anderson Torres, atual secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.