Ligados a Perillo ficam calados em depoimento à CPMI do Cachoeira

Écio Antônio Ribeiro deixou a sessão da CPMI do Cachoeira depois de usar o direito de ficar calado (Foto:Wilson Dias/ABr) São Paulo – Um ex-assessor e um empresário ligados ao […]

Écio Antônio Ribeiro deixou a sessão da CPMI do Cachoeira depois de usar o direito de ficar calado (Foto:Wilson Dias/ABr)

São Paulo – Um ex-assessor e um empresário ligados ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), valeram-se do direito de ficar calados durante depoimento hoje (26) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. Primeiro depoente do dia, Lúcio Fiúza Gouthier, que foi assessor do tucano, permaneceu em silêncio amparado por habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Depois dele, Écio Antônio Ribeiro, um dos sócios da empresa Mestra Administração e Participações, também não abriu a boca. Em nome da Mestra foi vendida pelo governador uma casa comprada com cheques do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. 

Nos dois casos, os ministros do STF Rosa Weber e Cezar Peluso concederam o direito de silêncio com base no risco de autoincriminação, ou seja, de que um suspeito crie provas contra si. Gouthier queria também o direito de acesso a todo o material probatório já produzido na investigação e a presenciar e acompanhar toda a produção de provas no curso da CPMI, pedidos que foram negados. 

Por fim, deputados e senadores tomaram o depoimento do arquiteto Alexandre Milhomen, que trabalhou na casa que foi vendida pelo governador de Goiás. Milhomem afirmou que foi contratado por Andressa Mendonça (mulher de Carlos Cachoeira) para fazer uma decoração provisória da casa, que estava vazia, porque a casa seria emprestada a ela. Ele negou tenha feito reforma, como foi divulgado, e insistiu que apenas fez a decoração com papel de parede e móveis.