inelegibilidade

Julgamento de Bolsonaro entra hoje em sua quarta sessão no TSE

Sessão deve recomeçar no início da tarde. Julgamento tem placar de 3 a 1 pela condenação do ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação para disseminar informações falsas. Ação do PDT pede perda de direitos políticos por oito anos

Alan Santos/PR
Alan Santos/PR
Voto da ministra Cármen Lúcia, primeira a votar hoje, pode formar maioria e garantir condenação

São Paulo – O julgamento que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro por oito anos entra em seu quarto dia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta sexta-feira (30). A sessão tem início previsto para ao meio-dia.

Está sendo julgada ação movida pelo PDT referente à conduta de Bolsonaro durante reunião com embaixadores, em julho de 2022, no Palácio da Alvorada, quando ele voltou a atacar, sem provas, o sistema eletrônico de votação e o Judiciário. O encontro com dezenas de representantes de vários países reunião foi transmitida pela TV Brasil, emissora pública.

O placar está em 3 a 1 pela condenação do ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação para disseminar informações falsas. Seu objetivo foi desacreditar o sistema de eleitoral, do qual se dizia ser vítima.

Voto de Cármen Lúcia pode formar maioria

A ministra Cármen Lúcia dará início à sessão de hoje. Se votar pela condenação de Bolsonaro, ficará então formada maioria de quatro votos pela inelegibilidade. O ministro Nunes Marques, indicado pelo ex-presidente, será o próximo. E Alexandre de Moraes será o último.

O ministro Raul Araújo é o único até aqui a divergir do voto do relator, o corregedor do TSE ministro Benedito Gonçalves. Votou pela improcedência da ação que pede a inelegibilidade de Bolsonaro. Para ele, a reunião de julho passado não teve gravidade suficiente para condenar o ex-presidente, que disse ontem esperar ter um julgamento justo.

O então candidato a vice na chapa de Bolsonaro à reeleição, Braga Netto, já foi absolvido pela maioria do TSE. Em todos os votos já apresentados, há entendimento de que não houve relação com a reunião.

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Redação: Cida de Oliveira, com Agência Brasil