Enquanto Lula está preso os ladrões estão soltos, diz Requião. ‘Lula livre é Brasil livre’
Ex-senador afirma que Lava Jato foi movida por interesses dos EUA para 'violentar nossa soberania'. Stedile, do MST, convoca trabalho e mobilização 'sem descanso' pela liberdade do ex-presidente
Publicado 07/04/2019 - 12h13

Stedile: ‘Estamos lutando pela liberdade do Lula todos os dias, mas temos de ir às bases e combinar com o povo’
São Paulo – “Temos que escrever Lula Livre em todos os muros do país. Eles têm a mídia, a Globo é deles, mas os muros deste país são do povo.” A convocação é do coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stedile durante o ato que protesta contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que completa um ano neste domingo (7). Cerca de 10 mil pessoas participam do ato pela liberdade de Lula diante do prédio da Polícia Federal em Curitiba.
Stedile observou que o presidente Jair Bolsonaro começou seu governo há 100 dias com aprovação de 70% dos eleitores, a maioria deles “ingênuos”, e que hoje esse apoio já cai para 32%. “Estamos lutando para tirar o Lula dali, mas temos também de combinar com o povo. O dia que a gente colocar 500 mil pessoas na rua, vamos libertar o Lula”, afirmou o líder do MST.
O ativista enfatizou a necessidade de se fazer trabalho de base, dialogar com o população e promover todos os meses atividades de protesto e esclarecimento. Ele convocou os manifestantes a erguer os braços e a dizer em coro: “Eu me comprometo a não descansar um único dia até que o Lula seja livre”.
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Os ex-governador e ex-senador paranaense Roberto Requião, voz dissonante do PMDB, afirmou estarem todos ali em nome da consciência de que se trata da luta pela liberdade de um preso político nas dependências da Polícia Federal. “Hoje sabemos que enquanto ele está preso, estão entregando o nosso pré-sal. Prenderam o Lula para violentar a nossa soberania. A Lava Jato começou a partir das escutas do governo americano sobre nossos governos”, disse Requião.
Segundo ele, os integrantes da Lava Jato já admitiram que a condução coercitiva do ex-presidente determinada pelo ex-juiz Sergio Moro há três anos teve o objetivo de desgastar a imagem do ex-presidente e promover sua condenação junto à opinião pública. “O Lula está preso enquanto os ladrões estão soltos. Como disse o Stedile, nossa missão aqui não é provocar emoção. É provocar indignação. É provocar a consciência dos brasileiros de que Lula livre é Brasil livre.”