Possível aliança

Em reunião ‘positiva’, partidos avançam em diálogo por federação, mas impasse em SP continua

Consolidação da união esbarra no desejo de Márcio França se lançar candidato ao governo paulista pelo PSB, enquanto PT quer Fernando Haddad

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Principal discussão se dá entre Carlos Siqueira, presidente do PSB, e Gleisi Hoffmann, do PT (ao centro)

São Paulo – A reunião desta quinta-feira (10) entre PT, PSB, PCdoB e PV sobre a formação de uma federação partidária e eleições nacionais “foi muito positiva”, segundo o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP). O parlamentar afirmou no Twitter que “os pontos convergentes foram muitos e as divergências, em menor número”. O próximo passo, acrescentou, é os participantes do encontro consultarem seus próprios partidos e realizarem “reuniões bilaterais sobre os apoios regionais”.

Participaram da reunião, na sede do PSB em Brasília, os presidentes nacionais das agremiações: Carlos Siqueira (PSB), Gleisi Hoffmann (PT), Luciana Santos (PCdoB) e José Luiz Penna (PV). Também estiveram os deputados Renildo Calheiros (PCdoB-PE), José Guimarães (PT-CE), Alessandro Molon (PSB-RJ), o ex-governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg (PSB) e o ex-governador de São Paulo Marcio França (PSB).

França, que o PSB quer lançar como candidato ao governo de São Paulo, e Fernando Haddad, nome do PT para o mesmo posto, são pivôs do principal impasse entre os principais partidos da possível federação.

São Paulo, o x da federação

Segundo Carlos Siqueira, haverá uma reunião de dirigentes dos partidos nesta sexta-feira (11), na qual será feita uma avaliação de possível candidatura unificada ao governo do Rio Grande do Sul. PT e PSB têm seus pré-candidatos, que são Edegar Pretto e Beto Albuquerque, respectivamente.

De acordo com o presidente socialista, a próxima reunião “provavelmente será deliberativa”. Esse novo encontro pode ser realizado em cerca de dez dias. Ele sinalizou que seu partido não está fechado a concessões. “Temos que lutar por aquilo que estamos propondo e esperar compreensão, mas também ter abertura de recuar quando o recuo for necessário”, disse, de acordo com o G1.

A decisão do Supremo Tribunal Federal de fixar a data-limite para oficializar as federações em 31 de maio aliviou o clima de urgência que pairava sobre os partidos. Antes, em decisão liminar, o ministro Luís Roberto Barroso havia determinado a data de 2 de abril, seis meses antes das eleições, o que era considerado um prazo inviável, já que o instituto das federações é uma novidade.

Para o presidente do PSB, a concretização da federação deve ser feita “o mais rapidamente possível”. No entanto ressalvou, ainda de acordo com o G1: “Quem vai determinar esse ‘rapidamente’ é a evolução dos acordos que possam se processar no âmbito das nossas reuniões, do nosso debate”.