Definição nacional

Em convenção, PSB aprova nesta sexta candidatura de Alckmin como vice de Lula

Evento terá perfil mais político do que o lançamento oficial da candidatura de Lula na semana passada em São Paulo, que teve caráter protocolar

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
Partidos se unem para derrotar o bolsonarismo e o fascismo representado por Jair Bolsonaro

São Paulo – Com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o PSB realiza nesta sexta-feira (29), a partir das 14 h, sua convenção em Brasília, quando deve aprovar a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin a vice-presidente da República. O evento terá perfil mais festivo e político do que o lançamento oficial da candidatura Lula na semana passada, em São Paulo, que teve um caráter protocolar.

Na última terça-feira (26), o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, se pronunciou sobre a união entre os dois partidos em 2022. “É histórica a aliança entre PSB-PT que será selada na convenção nacional socialista, dia 29, em Brasília. Derrotar o bolsonarismo e o fascismo é a razão de ser da parceria entre partidos compromissados com a democracia, a liberdade e o crescimento do país”, escreveu no Twitter.

Os dois partidos fecharam acordos importantes em São Paulo e Pernambuco. Neste último, PT, PCdoB e PV, da federação Brasil da Esperança, escolheram seus candidatos para as eleições no estado em convenção conjunta na terça: Teresa Leitão (PT) para o Senado e Luciana Santos (PCdoB) para vice-governadora de Danilo Cabral (PSB). Em São Paulo, no início do mês, o ex-governador Márcio França (PSB) confirmou a renúncia da candidatura ao governo estadual para disputar a vaga no Senado e apoiar Fernando Haddad (PT) ao Palácio dos Bandeirantes.

No Rio, imbróglio

Mas o Rio de Janeiro se tornou um imbróglio. Até o momento, o Senado está na mira de Alessandro Molon (PSB) e André Ceciliano (PT). Nenhum dos dois admite retirar a candidatura em nome da aliança partidária. Até esta sexta, o comando nacional do PSB tem dado respaldo à pretensão de Molon.

Na última quarta (27), Siqueira afirmou a jornalistas que os assuntos não podem ser tratados com “pequenez”. “Aqui no Rio essa frente está consolidada”, disse o presidente do PSB. Acrescentou não acreditar “por razão nenhuma que essa frente possa ser rachada”. “Estamos aqui acreditando que encontraremos a solução adequada e necessária para que a aliança siga”, disse ainda.

Se Molon não abrir mão da candidatura, o PT pode lançar Ceciliano como candidato e apoiar Marcelo Freixo (PSB) para o governo estadual informalmente. Outra ala do partido defende uma aliança com Rodrigo Neves (PDT) ao governo. A gestão de Neves como prefeito de Niterói é bem avaliada.

No sábado (23) o PDT oficializou a candidatura de Neves ao Palácio Guanabara, em convenção conjunta com o PSD, com a presença do candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes, do presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, e do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD).