Dilma: “O século 21 é o século das mulheres”

Ao receber prêmio no Senado, presidenta reafirma importância de que governo promova igualdade de oportunidades e abra espaços simbólicos para o protagonismo das mulheres

Dilma e senadoras durante sessão do Congresso para lembrar luta pelos direitos femininos (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff reafirmou hoje (13) acreditar que seu governo abre espaços importantes para a igualdade de gênero e de oportunidades na sociedade brasileira. “Eu acredito firmemente que o século 21 é o século das mulheres. Nós devemos representar não apenas as lutas das mulheres pela conquista de igualdade, por oportunidades, mas sim celebrar as nossas conquistas”, afirmou a presidenta ao receber, no Senado, o prêmio Bertha Lutz, que marca as comemorações do mês das mulheres.

Fazendo uma saudação especial às ministras e às deputadas e senadoras, Dilma lembrou que a conquista de oportunidades sempre significou, para as mulheres brasileiras, “enormes sacrifícios”, mas disse acreditar que a situação esteja sofrendo uma mudança de paradigma. “Igualdade de oportunidade é a mais importante das metas do meu governo, assim como foi do governo do presidente Lula”, afirmou. “Nós sabemos que as pessoas são diferentes, mas elas não podem ser e não devem ter oportunidades desiguais.”

Segundo o governo, 93% dos cartões do Bolsa Família e 47% dos contratos do Minha Casa, Minha Vida foram emitidos em nome de mulheres. No discurso, Dilma aproveitou para lembrar a medida editada na última semana tornando obrigatório que a escritura de moradias do programa social sejam colocadas no nome da mãe para que, em caso de separação do casal, ela tenha a posse automática. “Caso o homem detenha a guarda dos filhos, a titularidade é dele, e isso é um compromisso, é uma posição de fortalecimento da criança neste país, porque nós temos de ter clareza de que um país é medido também pela sua capacidade de proteger as crianças.” 

Na visita ao Congresso, Dilma ressaltou ainda a importância de que pela primeira vez as vice-presidências da Câmara e do Senado sejam ocupadas por mulheres – Rose de Freitas (PMDB-ES) e Marta Suplicy (PT-SP), respectivamente. “É muito importante. É muito importante e mostra também que não é só a minha eleição, que eu sei que é relevante para o conjunto das mulheres brasileiras latino-americanas, e vou dizer, sem modéstia, o Brasil foi o primeiro país a ter uma mulher abrindo a Conferência das Nações Unidas.”

Além da presidenta, foram homenageadas a primeira senadora da história do Brasil, Eunice Mafalda Michiles; Maria do Carmo Ribeiro, ex-mulher do dirigente comunista Luiz Carlos Prestes (1898-1990); a professora associada do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Ana Alice Alcântara da Costa, do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres; e a representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Rosali Scalabrin.