bomba no posto

Maioria culpa Bolsonaro e política da Petrobras por alta dos combustíveis

Entre os eleitores de Lula, governo Bolsonaro é o principal culpado (46%), enquanto bolsonaristas seguem responsabilizando os governadores

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil

São Paulo – Pesquisa FSB/BTG Pactual divulgada nesta segunda-feira (21) revela que a maioria dos eleitores (51%) vê o governo Bolsonaro (29%) e a política de preços da Petrobras (22%) como “maiores culpados” pelo aumento no preço dos combustíveis. Logo atrás, 21% atribuem a alta aos governadores, por causa dos impostos estaduais. Para 18%, os combustíveis subiram por causa do aumento do preço do petróleo provocado pela guerra na Ucrânia. Outros 5% citaram todos os motivos anteriores, contra 1% que não atribuem a nenhum desses fatores, além de 4% que não souberam ou não responderam.

No levantamento, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece na liderança, com 43% das intenções de votos, no primeiro turno, ante 29% de Bolsonaro. Além disso, 53% avaliam o governo como ruim/péssimo. Outros 17% disseram ser regular e apenas 29% avaliam como bom ou ótimo. 

Entre a maioria que avalia negativamente a gestão Bolsonaro, 45% dizem que o seu governo é o principal responsável pelo aumento dos combustíveis. Outros 21% atribuem à política de preços da Petrobras, 13% aos governadores e 13% à guerra na Ucrânia. Entre os que classificam o governo bom ou ótimo, 35% atribuem aos governadores a alta nos combustíveis. Outros 25% alegam que a guerra na Ucrânia é a principal culpada, contra 23% que apontam a política da Petrobras. Apenas 5% culpam o governo por esse aumento.

Já entre a pequena parcela que avalia Bolsonaro como regular, os quatro fatores – política da Petrobras (25%), governadores (22%), a guerra na Ucrânia (22%) e governo (20%) – aparecem empatados na margem de erro, de 2 pontos percentuais.

Por candidato

Além disso, a pesquisa também cruzou as intenções de votos para presidente com as responsabilidades pela alta nos combustíveis. Entre os eleitores de Lula, primeiramente, o governo Bolsonaro é o principal culpado (46%). Para 21%, dos lulistas, é a política de preços da Petrobras. Governadores (13%) e guerra na Ucrânia (12%) aparecem empatados na margem de erro. Outros 4% apontaram todos os fatores.

Por outro lado, entre os que vão de Bolsonaro, 37% atribuem aos governadores a culpa pelo aumento nos combustíveis. Semelhantemente, a política de preços da Petrobras (24%) e a guerra na Ucrânia (23%) aparecem na sequência. Outros 6% apontaram todos e apenas 4% culparam o governo Bolsonaro.

Para os que dizem votar em outros candidatos, no entanto, as responsabilidades se dividem entre o governo (26%), a guerra na Ucrânia (25%) e a política de preços da Petrobras (24%). Mais abaixo, 16% culpam os governadores.

A pesquisa foi realizada entre sexta (18) a domingo (20), uma semana após a Petrobras aumentar o preço da gasolina e do diesel em 18,8% e 24,9%, respectivamente. Assim, tal decisão está relacionada com política de Preço de Paridade de Importação (PPI) adotada pela estatal desde 2016, que atrelou os preços dos combustíveis às variações do petróleo no mercado internacional. No entanto, cabe lembrar que no ano passado, mesmo sem guerra, a gasolina e o diesel registraram alta de 68% e 58%, respectivamente.


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