#ChegaDeQueimadas

Ambientalistas promovem ‘tuitaço’ contra discurso de Bolsonaro na ONU

Além da manifestação virtual, ambientalistas pedem para que as pessoas realizem panelaços contra o presidente

Bruno Kelly/Amazônia Real
Bruno Kelly/Amazônia Real
Novamente como em setembro de 2019, quando falou pela primeira vez no evento internacional, Bolsonaro está diante de críticas sobre a política ambiental no Brasil

São Paulo – Movimentos sociais e entidades ligadas ao meio ambiente e ao clima convocaram, para a manhã desta terça-feira (22), uma manifestação virtual contra as queimadas no Pantanal, durante o discurso do presidente Jair Bolsonaro, por videoconferência, na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), às 10h.

O protesto é convocado pelo Observatório do Clima e GT Agenda 2030, que buscam denunciar a política ambiental do governo Bolsonaro, que tem feito pouco caso sobre os desmatamentos e incêndios na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal, os principais biomas do país.

A convocação é para um tuitaço através das hashtag #ChegaDeQueimadas e #StopTheFires. Além disso, os ambientalistas pedem para que as pessoas realizem panelaços. A data da manifestação é simbólica, já que também nesta terça, comemora-se o Dia da Defesa da Fauna.

Bolsonaro na ONU

O presidente Jair Bolsonaro discursa na 75ª edição da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Novamente, como em setembro de 2019, quando falou pela primeira vez no evento internacional, Bolsonaro está diante de críticas sobre a política ambiental no Brasil.

No ano passado, Bolsonaro ignorou o aumento do desmatamento na Amazônia, que bateu recordes. Agora, com mais de 15 mil focos de incêndio, o Pantanal acumula milhares de animais mortos nas últimas semanas.

Segundo o vice-presidente, Hamilton Mourão, Bolsonaro usará a assembleia-geral para tratar do meio-ambiente. “A princípio vai mostrar aquilo que estamos fazendo. Temos ainda a criação do Conselho [da Amazônia], a criação da operação Verde Brasil 2, um esforço do governo em combater as ilegalidades, o que não é simples, não é fácil e elas continuam a ocorrer, infelizmente”, admitiu.

Números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que este ano já foram identificados 69.527 focos de calor só na Amazônia, 13% a mais do que o registrado em todo o ano passado, que já havia sido o pior resultado em mais de uma década. O maior aumento em 2020 foi observado no Pantanal, onde foram detectados 15.894 focos, número que é mais do que o triplo do balanço de 2019 (5.285).


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