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PM reprime estudantes que protestavam contra golpistas na PUC-SP

Mobilização de grupo favorável ao golpe despertou reação de grupo ainda maior de estudantes, mas só estes foram alvos da violência da PM paulista

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Em resposta a grupo que pedia o impeachment, estudantes responde com o grito ‘não vai ter golpe’

São Paulo – Um grupo de estudantes da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo que protestava em frente à universidade contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em oposição a outro grupo, que bradava palavras de ordem favoráveis ao golpe, foi reprimido pela Polícia Militar, na noite de ontem (22). Os favoráveis ao impeachment, estudantes de Administração, Economia e Direito, haviam chamado protesto em resposta ao grande ato ocorrido na última quinta-feira (17), no Tuca, o teatro da PUC, que reuniu artistas e intelectuais em defesa da democracia.

De um carro de som, algumas dezenas de manifestantes proferiam palavras de ordem em favor do impeachment de Dilma, de apoio ao juiz Sérgio Moro e contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando um grupo maior de estudantes passou a rechaçar o ataque, aos gritos de ‘não vai ter golpe’. Outra parte dos estudantes também se indignou pois o barulho do carro de som atrapalhava o andamento das aulas.

Segundo relatos da Folha de S. Paulo, os ânimos se exaltaram quando o grupo contrário ao impeachment pediu a palavra, para se contrapor ao que era dito no carro de som.

Houve um princípio de enfrentamento e a Polícia Militar entrou em cena, concentrando a repressão e o uso da força nos estudantes que se manifestavam contra o golpe. Com balas de borracha, bombas de gás e cassetetes, a PM transformou os arredores da universidade em praça de guerra, segundo relatos e vídeos postados nas redes sociais. Durante as cenas de violência, o grupo pró-impeachment saudava a atuação das forças policiais com gritos de ‘viva a PM’.

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