contradição

‘Para Gilmar, democracia é poder que emana das empresas’, diz Vannuchi

Um ano e meio após pedir vista, ministro do STF votou a favor do financiamento privado de campanha

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Vannuchi: “Fala de Gilmar Mendes atacando o PT e a OAB, é mais um espetáculo na articulação política”

São Paulo – Em sua análise hoje (17) na Rádio Brasil Atual, o analista político Paulo Vannuchiafirma que o voto favorável do ministro Gilmar Mendes, ontem, sobre a constitucionalidade de doações de empresas para partidos políticos é “uma ação articulada do ministro com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha”.

Ele diz que a Constituição brasileira prevê que o poder emana do povo, entretanto, o voto favorável de Gilmar ao financiamento privado contradiz a jurisdição. “Hoje, o poder emana das empresas. As empresas é que decidem através do financiamento abusivo de candidatos de sua preferência, enviesando a democracia, criando um desequilíbrio de direitos entre os mais ricos e mais pobres.”

Após um ano e meio, o ministro do Superior Tribunal Federal (STF) liberou seu pedido de vista de voto. Para Vannuchi, a fala de Gilmar Mendes atacando o PT e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), “é mais um espetáculo na articulação política”. “Gilmar é muito mais ativista político da oposição do que juiz do STF. Ele lidera uma mobilização política.”

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