Dilma elogia Londres e diz que Rio também fará a sua parte

Presidenta vai participar da abertura da olimpíada, que será realizada na sexta-feira na capital britânica

Dilma quer que governo britânico, comandado por David Cameron, oriente planos brasileiros em segurança, mobilidade urbana e construção para a olimpiada do Rio (Roberto S. Filho/PR)

Londres – Em visita a Londres, onde encontrará atletas brasileiros e participará, na sexta-feira (27) da abertura da olimpíada, a presidenta Dilma Rousseff prometeu hoje (25) que o Rio de Janeiro seguirá os passos da capital britânica e também vai cumprir a obrigação de realizar os melhores Jogos Olímpicos da história em 2016.

A presidenta foi recebida pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, e os dois países estudam a possibilidade de um acordo para o envio ao Brasil de uma delegação governamental britânica para compartilhar informações e métodos para a organização da olimpíada, de acordo com ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

Na cerimônia de lançamento da campanha de promoção turística do Brasil no exterior, apresentada pela ex-jogadora de basquete Hortência, Dilma elogiou Londres pela preparação. “Sem dúvida nenhuma, a melhor olimpíada realizada até agora”, disse. Ela prometeu que os Jogos Rio-2016 não ficarão atrás, apesar de algumas obras ainda não terem arrancado.

“A última olimpíada tem de ser sempre a melhor de todos os tempos. Tenho certeza que aqui em Londres vamos ver esse espetáculo, e tenho certeza que, quando chegar a vez do Rio… nós faremos a nossa parte”, disse Dilma, em breve discurso no London Film Museum, no evento realizado após o encontro com Cameron. “Todos vocês serão muito bem recebidos. Venham encontrar conosco no Rio de Janeiro”, acrescentou a presidente a uma plateia internacional.

De acordo com o ministro do Esporte, o acordo estudado com o governo britânico será principalmente sobre as áreas de segurança, mobilidade urbana e construção das instalações olímpicas, incluindo a vila e o parque principal. Aldo Rebelo não deu detalhes sobre o andamento da negociação e sobre quando a parceira poderia ser iniciada.

“Foi discutida a possibilidade de uma missão governamental que nos acompanhe na preparação da Olimpíada do Rio de Janeiro, que nos antecipe soluções para desafios que são encontrados na construção da Olimpíada, que nos antecipe problemas que nós não precisaremos nos debater na busca pelas soluções e nem esperar que os problemas apareçam porque eles podem ser antecipados por quem tem a experiência anterior”, disse o ministro a repórteres.

O Rio de Janeiro, a pouco mais de quatro anos de receber a primeira edição dos Jogos Olímpicos na América do Sul, lançou no início deste mês a pedra fundamental do Parque Olímpico e do Parque Radical de Deodoro, outro importante centro de competições, mas as obras ainda não começaram de fato.

Obras de mobilidade urbana, no entanto, já estão em andamento e as autoridades garantem que não há preocupação com o cronograma para a olimpíada.

“No que diz respeito à infraestrutura olímpica, nós teremos essas obras dentro do prazo. Nossos prazos não são incompatíveis com os que foram adotados aqui (Londres) ou na China (Pequim-2008). Nós precisamos é trabalhar com intensidade, com espírito de alta responsabilidade, para dar conta desses desafios dentro do prazo esperado”, disse Aldo.

No encontro com o premiê Cameron na residência oficial de Downing Street, Dilma tratou, além da Olimpíada, do interesse britânico em investir no setor de petróleo e gás no Brasil, do programa de bolsas do governo federal para estudantes, o Ciência Sem Fronteira, e da crise na Síria, de acordo com fontes que participaram do encontro.

Dilma permanecerá na capital britânica até sábado. Na sexta-feira, a presidente vai visitar atletas brasileiros hospedados no centro de treinamento alugado pelo Brasil no sul de Londres e assistirá, à noite, à cerimônia de abertura da olimpíada.

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