Destruição

Sobe para 48 o número de mortos em terremoto que atingiu o Japão; pelo menos 14 estão feridos

Desde esta segunda (1º), o país foi atingido por 155 tremores, entre eles um abalo de magnitude 7,6 na escala Richter. Equipes de resgate trabalham para acessar regiões isoladas

NHK/Reprodução
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"Temos de salvá-los o mais rapidamente possível, especialmente aqueles que estão debaixo das estruturas colapsadas", afirmou o o primeiro-ministro Fumio Kishida

São Paulo – Subiu para 48 o número de mortos após uma série de terremotos atingir o Japão no primeiro dia do ano. O total de feridos também aumentou para 14, de acordo com o último balanço divulgado nesta terça-feira (2) pela TV pública NHK. Desde ontem (1º), o Japão foi atingido por 155 tremores, entre eles um abalo de magnitude 7,6 na escala Richter e outro acima de 6.

Os tremores foram sentidos principalmente na Península de Noto, na costa oeste japonesa. A região concentra a maior parte dos estragos e mortes provocadas pelos sismos. Casas e prédios foram destruídos. Na região de Suzu, o prefeito da cidade, Masuhiro Izumiya, afirmou que até mil casas foram destruídas. “A situação é catastrófica”, afirmou.

Batalha contra o tempo

Há ainda relatos de pessoas presas sob escombros, como na cidade de Wajima, onde ao menos 30 prédios desabaram. O governo japonês também informou que os socorristas estão com dificuldades de acessar o extremo norte da península. No local, estradas foram destruídas, deixando algumas regiões isoladas.

Ao comentar a situação na manhã desta terça, durante reunião de emergência, o primeiro-ministro, Fumio Kishida, classificou a busca e resgate das pessoas afetadas pelo terremoto como uma “batalha contra o tempo”. “Temos de salvá-los o mais rapidamente possível, especialmente aqueles que estão debaixo das estruturas colapsadas”, destacou. Cerca de mil militares estão trabalhando no socorro às vítimas, de acordo com o governo japonês.

Alerta de tsunami suspenso

A série de terremotos fez com que o Japão divulgasse alerta de tsunami para toda a costa oeste. Logo após o tremor de magnitude 7,6, o serviço meteorológico chegou a emitir alerta para risco de um “grande tsunami”, com ondas de até 5 metros. Todos os alertas foram suspensos hoje.

Esse foi o primeiro alerta de tsunami desde março de 2011, quando um tremor de terra, seguido por uma onda gigante, deixou cerca de 20 mil mortos, no que ficou conhecido como “Grande Terremoto de Sendai”. Na ocasião, houve o acidente na usina nuclear de Fukushima, a 260 quilômetros ao norte de Tóquio, que forçou a retirada de 160 mil pessoas das imediações.

Redação: Clara Assunção